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Semana do Consumidor Amazon | Livros

Vi na Livraria: A Casa de Chá, de Ellis Avery

Ellis Avery 30 de abril de 2010 Aline T.K.M. 8 comentários


Este me encantou, primeiramente, pela capa. Como não podia deixar de ser, li a sinopse e fiquei bastante curiosa em relação à história. Tenho interesse pela cultura japonesa (já que sou descendente por parte materna), embora não conheça muita coisa: em minha família não há nada preservado em termos de tradições, costumes, etc. Acho que isso acontece em grande parte porque somos na maioria mestiços (ou filhos de mestiços) e as culturas acabam se misturando mesmo, o que eu acho fantástico e enriquecedor – a única parte negativa é que quase não sabemos nada das culturas “originais” dos nossos antepassados.

A CASA DE CHÁ, de Ellis Avery, Record.
SINOPSE: Depois de ser molestada pelo tio, a menina Aurélia foge durante um incêndio que varre Kyoto. Sua sorte muda quando é acolhida pelo professor Shin, o mestre de chá mais importante da cidade, e se torna acompanhante de sua filha, por quem nutrirá desejos secretos.

A luta de Aurelia para se encaixar em uma sociedade fechada e cheia de mistérios reflete as mudanças culturais japonesas do final do século XIX. E conforme a cultura ocidental invade o país, os Shin precisam encontrar um caminho para perpetuar a tradição do chá.


Nova coluna/seção: Vi na Livraria

Vi na Livraria 29 de abril de 2010 Aline T.K.M. 9 comentários


Vi na Livraria é uma proposta de "coluna/seção" que estou criando aqui no Livro Lab. Pode até ser um meme, se vocês gostarem e quiserem aderir!

É o seguinte: quando vocês virem um post com o banner Vi na Livraria, trata-se da sinopse de algum livro que vi na livraria (óbvio =P ) e que me interessou, embora lê-lo não esteja nos meus planos mais imediatos.

Pode ser lançamento ou não. Não se trata de um livro que está na minha fila de leitura e que, com certeza, resenharei aqui mais adiante. Pelo contrário: é um livro que despertou meu interesse, mas não pretendo lê-lo tão cedo (sabemos que as filas de leitura são grandes e, infelizmente, não conseguimos ler todos os livros que vemos e achamos interessantes); um livro que até gostaria de ler mas que não está na minha fila de leitura (e não sei se o incluirei). É algo como “olha o que eu vi na livraria, parece ser bem interessante!”. É uma chance de mostrar para os leitores algum livro que parece ser legal e que tenha passado despercebido. E se alguém já tiver lido o livro em questão, comente no post dizendo o que achou, se é realmente tão bom quanto parece!

Para quem quiser aderir e fazer com que vire um meme, serão super bem-vindas(os)! Basta postar a sinopse de algum livro que chamou sua atenção na livraria junto com o banner Vi na Livraria (acima), e... voilà! Ah, e não se esqueçam de comentar nos posts Vi na Livraria aqui no Livro Lab colocando o link do seu último post Vi na Livraria, para que eu possa ler! Não tem muita regra quanto ao dia de postar nem quanto à frequência (pode ser semanal, quinzenal, mensal).

Ainda esta semana, postarei o 1º Vi na Livraria! =)


Os Relógios [Agatha Christie]

Agatha Christie 25 de abril de 2010 Aline T.K.M. 8 comentários

Um homem morto é encontrado na sala de visitas de uma senhora cega, Miss Pebmarsh, e aparecem quatro misteriosos relógios – que não pertencem à dona da casa – marcando quatro horas e treze minutos. Sheila Webb, funcionária do Escritório Cavendish de Secretariado e Datilografia, é chamada para um trabalho externo, justamente na casa de Miss Pebmarsh, e encontra o cadáver. Mas, Miss Pebmarsh afirma não ter solicitado nenhum serviço do Escritório Cavendish...

Um livro que prende do início até a última página! Bem característico de Agatha Christie, Os Relógios revela uma história de mistério extremamente engenhosa. À medida que se desenrolam os fatos, o leitor é envolvido de tal forma que se vê, ele mesmo, analisando as pistas e tentando desvendar o crime. E sinto informar que dificilmente terá êxito, uma vez que a trama não deixa escapar as respostas antes do final. Os acontecimentos são muito bem arquitetados, há um motivo e uma explicação por trás de todo o ocorrido, e cada um dos personagens é dotado de personalidade singular. Para resolver o mistério de Os Relógios temos o Detetive-Inspetor Hardcastle, Colin Lamb e, claro, a presença ilustre de Hercule Poirot – capaz de encontrar a solução “sem sair de sua poltrona”.

Um aspecto que merece comentário positivo é o fato do livro não se limitar apenas ao crime e investigação. Claro que estes dois pontos são o propósito do livro, mas há também uma pequena parcela de aspecto humano envolvido, algo do tipo “segredos pessoais do passado que agora vêm à tona”. Em algum momento, até podemos pensar que toda essa parte poderia ser mais bem desenvolvida na história; no entanto, é preciso considerar que, se assim fosse, o foco no crime seria em parte perdido, e a trama seria conduzida a um lado talvez mais emocional do que devesse ser. Enfim, com essa breve reflexão concluo que a trama é dosada de forma ideal em cada um dos seus aspectos. Apesar das pitadinhas de emoção, a história é bastante racional e, neste caso, é isso que a faz ser devorada avidamente pelo leitor (que busca respostas racionais e coerentes aos fatos ali apresentados).

Não sei se deveria fazer o comentário a seguir, já que o achei demasiado pessoal, mas resolvi fazê-lo mesmo assim. Acho que acabei tão envolvida com a história que, não sei explicar o porquê, o final não superou minhas expectativas – apenas atendeu-as. Mas adianto: acredito que o problema foi totalmente comigo. Sinceramente, se me perguntarem, não sei explicar por quê, ou mesmo o que eu mudaria no final. Simplesmente não sei. Criei expectativas imensas (mesmo!) no decorrer da história, talvez tenha sido esse o motivo. O livro é muito bom e o final foi coerente e revelador. Apenas, ao terminar a leitura, não me vi boquiaberta e pensando no final durante um bom tempo, como achei que ficaria.

Colocando todos os comentários e reflexões na balança, finalizo dizendo que Os Relógios é um ótimo livro e recomendo-o fortemente. Até hoje, nunca li nada da Agatha Christie que não valesse a pena ter lido, e este livro não foge à regra!

Título: Os Relógios
Autor(a): Agatha Christie
Ano da obra: 1963

Resenha: As Brumas de Avalon – O Prisioneiro da Árvore (Livro 4), de Marion Zimmer Bradley

As Brumas de Avalon 18 de abril de 2010 Aline T.K.M. 5 comentários

As Brumas de Avalon - O Prisioneiro da Árvore (livro 4), de Marion Zimmer Bradley

As Brumas de Avalon – O Prisioneiro da Árvore, o último livro da saga, revela-nos uma Camelot e uma Avalon em decadência. Talvez a palavra “decadência” não seja a mais adequada, mas o que podemos perceber é que o mundo mostra-se em constante mudança, nada mais é como antes havia sido, e a velocidade dos acontecimentos intensifica-se mais a cada instante.

Alice no País das Maravilhas / Através do Espelho e o que Alice Encontrou Por Lá [Lewis Carroll]

Fantasia 15 de abril de 2010 Aline T.K.M. 16 comentários

Apesar de ter considerado Alice no País das Maravilhas (Walt Disney) como um dos meus filmes preferidos quando criança (e até hoje sigo gostando!), nunca havia lido a obra original de Lewis Carroll. E agora que a li, posso dizer que me causou um impacto bastante positivo.

Neste livro, na verdade, estão as duas histórias protagonizadas por Alice: Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho e o que Alice Encontrou Por Lá. Nonsense e surreal são duas palavras que, de fato, definem a obra. Vemos em Alice uma menina corajosa, inteligente e racional, a quem as coisas mais fantásticas simplesmente vão acontecendo, sem muita lógica nem explicação. Uma atmosfera que flutua entre sonho e realidade é uma característica sempre presente. Embora alguns personagens sejam mais “fixos” e estejam presentes no decorrer da história, muitos outros personagens surgem e desaparecem de forma veloz, porém sempre com algo a ser dito – quer seja entendido ou não.

Para quem não conhece, em Através do Espelho e o que Alice Encontrou Por Lá, Alice atravessa para o outro lado do espelho e lá encontra um mundo diferente, com muitos conceitos invertidos e acontecimentos imprevisíveis, tendo como tema o jogo de xadrez. Já no conhecido Aventuras de Alice no País das Maravilhas, Alice cai em uma toca de coelho e é transportada para um mundo fantástico, repleto de personagens inusitados. O livro não é de todo igual à história contada no famoso desenho da Disney. Alguns trechos e diálogos não estão no filme, além de outros detalhes, por exemplo, o conceito de desaniversário, que no livro só aparece na história “Através do Espelho...”.

Trecho de Aventuras de Alice no País das Maravilhas:
“Tome mais um pouco de chá”, a Lebre de Março disse a Alice, de maneira muito sincera.
“Como ainda não tomei nenhum”, Alice respondeu num tom ofendido, “não posso tomar mais.”
“Você quer dizer que não pode tomar menos”, falou o Chapeleiro; “é muito fácil tomar mais do que nada.”

Trecho de Através do Espelho e o que Alice Encontrou Por Lá:
“Gostaria de comprar um ovo, por gentileza”, disse timidamente. “Como os vende?”
“Cinco pence por um... Dois pence por dois”, a Ovelha respondeu.
“Então dois custam menos que um?” perguntou Alice surpresa, pegando a bolsa.
“Só que, se comprar dois, tem de comê-los”, disse a Ovelha.
“Nesse caso, quero um, por favor”, disse Alice, pondo o dinheiro no balcão. Pois pensou consigo mesma: “Os dois não devem ser grande coisa.”
(...)
Assim foi ela, espantando-se mais e mais a cada passo, pois todas as coisas viravam árvore tão logo as alcançava, e ela estava certa de que o ovo faria o mesmo.

O livro diverte. A cada capítulo a curiosidade se faz mais e mais presente, já que é totalmente impossível prever que personagem estranho aparecerá e o que acontecerá a seguir. Apesar de ser classificado como infanto-juvenil (e em várias passagens ser bem evidente o lado infantil), não é de todo um livro só para crianças. A obra traz em si alguns simbolismos e pode ser interpretada de diversas maneiras. Diversas passagens sugerem a existência de referências e conceitos matemáticos (Lewis Carroll, além de escritor, foi também matemático). Trocadilhos e referências da época também estão presentes, porém são praticamente impossíveis de serem entendidos hoje em dia, além de só fazer sentido na língua inglesa. Se tiver interesse em saber mais (principalmente sobre as tais referências matemáticas), visite a página da obra na Wikipédia.

Esta edição da Editora Zahar é realmente obrigatória de se ter na estante. Além de ter as duas histórias – clássicos da literatura –, traz os textos na íntegra e ilustrações originais de John Tenniel.

Outra edição que também merece destaque é a da Cosac Naify (lançada em outubro de 2009). Contém somente a história Alice no País das Maravilhas, texto integral com tradução de Nicolau Sevcenko. O grande charme desta edição da Cosac Naify são as ilustrações, feitas por Luiz Zerbini (artista plástico paulista), que nos mostram cenários feitos de cartas de baralho com recortes que revelam os personagens, tudo feito em forma de maquete e fotografado com iluminação teatral. Lindo! Agora só falta esperar mais um pouquinho para conferir no cinema a fantástica produção de Tim Burton + Walt Disney. Como admiradora de Tim Burton e fã incondicional de tudo o que é Disney, mal posso esperar!

Título: Alice – Aventuras de Alice no País das Maravilhas / Através do Espelho e o que Alice Encontrou Por Lá
Autor(a): Lewis Carroll
Ano da obra: Aventuras de Alice no País das Maravilhas – 1865 / Através do Espelho e o que Alice Encontrou Por Lá – 1872

*Imagens das ilustrações: blog Cosac Naify


Draculea - O Livro Secreto dos Vampiros [Ademir Pascale, vários]

Ademir Pascale 12 de abril de 2010 Aline T.K.M. 1 comentário

“Quais mistérios eles escondem por gerações? (...) Mas, antes de abrir estas páginas, um aviso: após lê-las, você nunca mais será o mesmo. O conhecimento tem seu preço, e eles ficarão furiosos com a sua descoberta.”

Draculea – O Livro Secreto dos Vampiros é uma antologia de 27 contos vampirescos, todos escritos por autores nacionais. Particularmente, gosto muito de contos. Ter várias historietas diferentes em um só livro geralmente faz com que a leitura nunca se torne cansativa. E ser um livro de autoria nacional é um aspecto que o torna mais interessante; acho animador que cada vez mais brasileiros tenham interesse em escrever literatura fantástica.

Apesar de todo o livro tratar-se de vampiros, a atmosfera de cada conto é, de alguma forma, singular. Alguns são mais dramáticos, outros são temperados com boa dose de agressividade, e alguns ainda revelam uma faceta curiosamente cotidiana dos fantásticos seres sobrenaturais. Um ponto bastante positivo é que existe no livro uma mistura entre passado e presente. Enquanto alguns contos retratam séculos passados, outros nos mostram um mundo contemporâneo, tal como o conhecemos hoje. Um vampiro em plena Avenida Paulista é algo interessante de se imaginar.

Os contos são breves, de leitura agradável e fácil. Draculea – O Livro Secreto dos Vampiros é uma boa pedida para ser lido de uma só vez, ou para ser saboreado aos poucos, conto por conto, durante alguns dias.

Para finalizar, uma verdade deve ser dita: vampiros são – e sempre serão – seres instigantes e de grande poder de fascínio!

Título: Draculea – O Livro Secreto dos Vampiros
Autor(a): vários, Ademir Pascale (organizador)
Ano da obra: 2009

Fila de leitura (últimas aquisições)

8 de abril de 2010 Aline T.K.M. 10 comentários

Apresento a vocês a minha fila de leitura! São minhas mais recentes aquisições (comprando e trocando) e ficam empilhadas bem ali, na minha cabeceira, juntamente com um Guia Publifolha da Irlanda e um guia Top 10 Dublin.

Tenho lido em uma velocidade apenas aceitável (gostaria de ler bem mais e em menos tempo...). Mas, pelos títulos que mostro acima, dá para ter uma boa ideia do que teremos por aqui nas próximas semanas! Esta é a fila de leitura que se reduz aos livros já adquiridos, mas ainda há muitos livros que com certeza lerei, embora ainda não os tenha comigo.

Os guias? Bom, eles fazem parte do meu “material de sobrevivência” de intercâmbio. Em meados de maio embarco para Dublin e lá pretendo ficar por aproximadamente 1 ano. Em minha mala certamente não faltarão livros! E meus planos incluem administrar meu tempo para continuar blogando e lendo sempre.

Também adianto que logo mais farei a primeira promoção do blog! =) Ainda não vou revelar qual é o livro, mas aqui vai uma dica: aficionados por vampiros, fiquem ligados!

Resenha: As Brumas de Avalon - O Gamo-Rei (Livro 3), de Marion Zimmer Bradley

As Brumas de Avalon 5 de abril de 2010 Aline T.K.M. 8 comentários

As Brumas de Avalon - O Gamo-Rei (livro 3), de Marion Zimmer Bradley

Continuando a saga, As Brumas de Avalon – O Gamo-Rei parece ter o objetivo de preparar as coisas para o desfecho final, que ocorrerá com o quarto e último livro (O Prisioneiro da Árvore). Acontecimentos importantes nos são apresentados aqui, porém suas consequências ainda estão por vir.

Caderno de Rabiscos para Adultos que Querem Chutar o Balde [Claire Faÿ]

À la française 1 de abril de 2010 Aline T.K.M. 6 comentários

“Para Jérôme, que largou tudo e foi dar a volta ao mundo.
Para Mathieu, que não largou nada e dá voltas no escritório.
E para todos que sonham chutar o balde...”


Após o sucesso de Caderno de Rabiscos para Adultos Entediados no Trabalho, livrinho genial, eu não podia deixar de conferir o Caderno de Rabiscos para Adultos que Querem Chutar o Balde. E confesso que este último também conquistou minha simpatia, além de melhorar consideravelmente o meu humor a cada página virada.

Assim como no livro anterior, atividades um tanto lúdicas cujo tema é o ambiente corporativo também aparecem aqui. Mas isso não é tudo; também encontramos passatempos irônicos envolvendo amigos, familiares e aquelas obrigações sociais das quais sempre queremos – e muitas vezes não podemos – fugir.

Através deste irreverente livrinho de capa verde, a autora Claire Faÿ nos encoraja a nos libertarmos de algum peso (ou melhor, pessoa) imenso que carregamos, e a levar as abobrinhas para colorir na próxima reunião de trabalho. Em um barquinho, podemos desenhar companheiros que também remam contra a maré (e assim nos convencemos de que não estamos sozinhos) – ótimo para ajudar a retardar um pouco o processo de desmotivação. Se estivermos cansados de ficar à sombra alheia (sinto que isso cabe perfeitamente no mundo corporativo), basta desenhar-nos a nós mesmos à sombra de um belo coqueiro e está tudo resolvido... Pelo menos por enquanto!

Com o Caderno de Rabiscos para Adultos que Querem Chutar o Balde, em poucos minutos, vemos como é simples dar um bolo em alguém ou simplesmente reconhecer (sem culpa) aquele cabeça-de-bagre em um jantar de família. Agora, se o problema for um chefe mala, eis a solução: a cada crítica que ele fizer, simplesmente dê a ele um “vale 1 ponto - demissão”. Continue fazendo isso até completar toda a cartela do livro e, junto com o último ponto, seu chefe receberá a simpática mensagem “Parabéns! Ganhou minha demissão”. Simples assim.

Caderno de Rabiscos para Adultos que Querem Chutar o Balde é uma ótima opção quando o objetivo for o humor. E digo mais, se estiver em dúvida do que dar de presente para algum colega no amigo secreto do trabalho, não precisa nem pensar duas vezes: se o livrinho não resolve os entraves do dia-a-dia, pelo menos garante uns bons momentos de descontração!

Confira a seguir algumas páginas do livro (clique para ampliar em nova janela):

     

  

Título: Caderno de Rabiscos para Adultos que Querem Chutar o Balde
Autor(a): Claire Faÿ
Ano da obra: 2007

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