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Vi na Livraria: Fama - Um romance em nove histórias, de Daniel Kehlmann

Companhia das Letras 28 de agosto de 2011 Aline T.K.M. 5 comentários


A escolha da obra para o Vi na Livraria foi feita totalmente por acaso. Simplesmente me deparei com o livro, achei a capa interessante e, ao ler a sinopse, foi "atração à primeira vista"!
As resenhas disponíveis no Skoob me empolgaram, apesar de somente aparecer em pouquíssimas estantes como lido.

Se alguém já leu o livro, gostaria imensamente de conhecer mais opiniões a respeito dele.

FAMA - Um romance em nove histórias, de Daniel Kehlmann, Companhia das Letras.
SINOPSE: Esta obra contém nove histórias que se entrelaçam, onde o autor examina como a fama e muita publicidade, a alienação e as tecnologias podem deixar as pessoas confusas e vazias.

Boa parte das narrativas que compõem este romance tem origem num mal-entendido. São situações bizarras, causadas muitas vezes pela inversão de papéis entre quem vive a fama e o anonimato, ou por alguém que abandona a vida ordinária para viver algo extremo ou tomar uma decisão inusitada.

O autor explora a fronteira entre ficção e realidade e mostra como a exposição, seja num livro, na televisão, nos celulares ou na internet, pode tornar as pessoas vulneráveis e mesmo causar a perda da identidade.

Amores Infernais [vários]

Contos 25 de agosto de 2011 Aline T.K.M. 10 comentários

5 contos (de diferentes autores) que abordam o amor adolescente de maneira a fugir um pouco da “receitinha de bolo” palavras melosas + suspiros + final feliz.

Amores Infernais traz uma leitura razoável (ou seja, até dá para distrair...), porém acho válido frisar que é bem voltado aos leitores adolescentes.

O que me deixou mais curiosa em relação a este livro foi a presença de Scott Westerfeld entre os autores. Como apreciadora da série Feios, nutri considerável expectativa em relação ao conto dele em Amores Infernais. E, de fato, Abominável mundo perfeito foi um dos contos de que mais gostei no livro. O aspecto futurista esteve em cena novamente e a originalidade da história merece destaque.
O outro conto que divide o posto de “meu preferido” (e que, junto ao anterior, “salva” o livro) é Mais ralo que água, de Justine Larbalestier – esposa de Scott Westerfeld. O conto me atraiu por ser trágico e delicado, e por envolver essa ideia de uma aldeia “parada no tempo”, costumes e crenças antigas em contraponto com o mundo atual (e o conflito que isso gera na vida dos jovens daquele lugar).

Os outros três contos, em minha opinião, não têm nada de especial e nem de muito novo. Trazem o sobrenatural (tema já tão batido hoje) em histórias que muito provavelmente serão esquecidas pelos leitores algum tempo depois de terminarem o livro. Talvez Perdido de amor seja mais curioso em relação aos outros dois, mas não é muito mais que isso, curioso. Fan fic foi o que menos gostei por achá-lo extremamente óbvio.

Como disse antes, fica o tempo todo muito claro que Amores Infernais visa o público adolescente. Os contos, de maneira geral, são muito teen. Além da forte presença do ambiente escolar, há sempre aquela “preocupação” em não deixar que o amor atrapalhe os estudos e o futuro profissional. Achei isto até exagerado, como se o objetivo fosse passar uma imagem do que é considerado correto e influenciar positivamente os leitores.

O livro não é de todo péssimo, já que é de fácil leitura e pode ser uma boa distração – na falta de opção. Também é caprichadinho no quesito capa e interior, gostei disso. Não chego a recomendar a leitura, exceto, talvez, para o público pré-adolescente (ou para quem estiver curioso em relação ao conto de Scott Westerfeld).

Título: Amores Infernais
Título original: Love is Hell
Autor(a): Laurie Faria Stolarz, Scott Westerfeld, Justine Larbalestier, Gabrielle Zevin, Melissa Marr
Editora: Galera Record
Edição: 2011
Ano da obra: 2008

Rumo ao Farol [Virginia Woolf]

Clássicos 16 de agosto de 2011 Aline T.K.M. 13 comentários

Considerado o principal trabalho da inglesa Virginia Woolf e um dos mais importantes romances do século XX na Europa, Rumo ao Farol nos mostra a família Ramsay e amigos em sua casa de veraneio nas ilhas Hébridas. Um passeio ao farol torna-se inviável devido ao mau tempo. Enquanto lembranças e sentimentos velados percorrem o íntimo dos personagens, a presença da Sra. Ramsay, radiante e influente entre eles, é fortemente marcada. Como pano de fundo, os traumas da Primeira Guerra Mundial.

Quase tudo ocorre no plano subjetivo. As ações, em si, são poucas se comparadas à infinidade de pensamentos e lembranças que nos são narradas ao longo do livro. Estes, muitas vezes, não são conclusivos, podendo mesmo fazer rodeios até que sejam interrompidos por alguma visão ou acontecimento.

Ideias, pensamentos e lembranças de vários personagens fluem e percorrem caminhos que se ramificam. Assim, a leitura pode acontecer de forma um pouco mais lenta, e requer mais cuidado e atenção. Mas isto não a torna, de forma alguma, menos agradável – ainda que possa parecer cansativa até nos “acostumarmos” com o ritmo do livro.

Como que “espiando pela fechadura”, somos levados ao interior dos personagens, o que proporciona uma observação muito rica acerca deles. Inclusive, ao longo do livro, temos opiniões e sentimentos contraditórios a respeito dos personagens, já que, como em todo ser humano, a complexidade e a ambiguidade se mostram presentes. E, nesta observação minuciosa que é o livro, nos deparamos com mulheres que, em seu interior, se revelam muito mais fortes que os personagens masculinos. Os homens são bastante vulneráveis, possuem clara necessidade de auto-afirmação, e parecem buscar incessantemente a compreensão e aceitação feminina – tudo isso sob uma capa autoritária e prepotente. Ainda, eles ressaltam abertamente seu intelecto e colocam a figura feminina dentro da perpétua imagem da limitação, talvez sem plena consciência de que são as mulheres – em um ato extremamente doador e consciente – as responsáveis por colocá-los na posição que eles querem estar.

Além do mergulho nas profundidades dos personagens, o livro nos faz perceber a brevidade da vida – a meu ver, um ponto altíssimo da leitura. Um dia pode durar uma eternidade, ao passo que uma década transcorre com uma rapidez assustadora (trazendo muitas mudanças enquanto reforça a imutabilidade de algumas condições, sejam elas da própria vida ou dos personagens).

Rumo ao Farol me ofereceu uma leitura muito rica, responsável por alimentar ainda mais meu desejo de explorar as demais obras de Virginia Woolf. Particularmente, não o vejo como um livro para mera distração. Por outro lado, se você NÃO está em um daqueles momentos que requerem livros com enredo “mais leve”, e quer mesmo algo que te faça refletir sobre a vida, Rumo ao Farol pode ser uma ótima escolha.

Qual o artifício para conseguir formar indissoluvelmente um único ser – como a água despejada numa jarra – com a pessoa que se adorava?

[...] sentia aquilo que chamava vida como alguma coisa terrível, hostil, pronta para se lançar sobre quem quer que lhe desse uma oportunidade.

Título: Rumo ao Farol
Título original: To the Lighthouse
Autor(a): Virginia Woolf
Editora: O Globo
Edição: 2003 (Folha de S.Paulo – Biblioteca Folha)
Ano da obra: 1927

Dia dos Pais: Livro + Filme

Daniel Wallace 12 de agosto de 2011 Aline T.K.M. 7 comentários

Dia dos Pais... Nada mais justo e conveniente que um Livro + Filme! E o título escolhido para esta ocasião é Peixe Grande.

Sobre o livro, não posso ir além da sinopse, pois ainda não o li. Mas o filme é espetacular – e dificilmente não o seria, já que estamos falando de Tim Burton, diretor dos belíssimos Sweeney Todd, A Noiva-Cadáver e A Fantástica Fábrica de Chocolate, só para citar alguns. A história é divertida e também emociona, de levar às lágrimas mesmo. Ótimo para uma "sessão sofá" no Dia dos Pais!
Já o livro, se seu pai não curtir muito o gênero, providencie-o para você mesma(o), para conhecer a história que deu origem ao filme (é o que eu faria!). =P

No dia em que Edward Bloom nasceu, uma nuvem carregada de raios, que queimavam a copa das árvores e ameaçavam fazer o mesmo com a cabeleira dos homens mais altos, trouxe a chuva que pôs fim à mais severa seca da história do estado do Alabama. Em seu aniversário de nove anos, ele se deparou com um homem congelado dentro de um imenso bloco de gelo, no caminho para o primeiro dia de escola. Mais tarde, já adolescente, derrotou com uma boa conversa um eremita gigante que morava numa caverna nas montanhas e devorava tudo o que via pela frente. É neste clima de fantasia que Daniel Wallace dá forma a Peixe Grande - Uma Fábula do Amor Entre Pai e Filho.

O livro é montado sobre episódios cronologicamente ordenados que narram a vida de Bloom. Seu nascimento, suas aventuras de infância, a passagem para a vida adulta, a descoberta do amor, o nascimento do filho, etc... E justamente o filho, que tantas e tantas vezes ouviu o pai contar as aventuras de sua vida, é o narrador do livro.

DVD Peixe Grande e Suas
Histórias Maravilhosas
Costurando os episódios fantásticos que cobrem a vida de Edward Bloom, está a triste realidade de sua morte que, sabiamente, foge da ordem cronológica para entremear toda a narrativa.
Ao juntar as histórias do pai moribundo, o narrador tenta compreender melhor a figura do próprio pai e o que havia de verdadeiro em tantos contos espantosos e inacreditáveis.

O romance chegou às telas de cinema na adaptação de Tim Burton em 2003, com Albert Finney e Ewan McGregor dividindo o papel principal.

LIVRO: Peixe Grande – Uma Fábula do Amor Entre Pai e Filho (de Daniel Wallace, Ed. Rocco)
FILME: Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas (Big Fish, de Tim Burton, EUA, 2003)



Sinopse: Skoob - www.skoob.com.br / Melhores Filmes - www.melhoresfilmes.com.br


RESULTADO: sorteio "Especiais"

Sorteios e concursos 11 de agosto de 2011 Aline T.K.M. 7 comentários

Antes de tudo, preciso dizer que fiquei MUITO contente com este sorteio: foram 401 participações!
Agradeço de verdade a todo mundo que participou e divulgou. =)

Bom, sem mais conversa... Vamos ao que interessa!
A sortuda que vai levar para casa um exemplar do livro ESPECIAIS é:

Leninha

 

Parabéns, Leninha! Você tem 3 dias para responder ao e-mail com os seus dados para envio do prêmio. Lembrando que o livro será enviado diretamente pela editora Galera Record.

Para os que não tiveram sorte desta vez, ainda dá tempo de participar do sorteio de Estação Jugular. =P

Folhas Caídas [Thomas H. Cook]

Bertrand Brasil 4 de agosto de 2011 Aline T.K.M. 14 comentários

“Fotos de família sempre mentem...
Você pode capturar um determinado momento da vida
de uma pessoa, mas é impossível captar
o que se esconde por trás dos sorrisos forçados...”


Com uma vida confortável e uma família estruturada, Eric Moore pode se considerar um homem de sorte, feliz. Dono de uma loja de material fotográfico, tudo parece bem na pacata cidade de Wesley, até que Amy Giordano – uma garotinha de 8 anos que vive nas redondezas – desaparece misteriosamente. A vida perfeita de Eric, então, parece começar a se dissolver, já que seu filho adolescente Keith é quem tomava conta de Amy na noite de seu desaparecimento...

Com ritmo intenso e sem enrolação, Thomas H. Cook nos prende do início ao fim em Folhas Caídas. Tão logo começamos a leitura, somos levados em uma espiral diretamente à vida familiar de Eric Moore, à inocência e à posição distanciada que assume em relação aos confrontos de forma geral. Acompanhamos o personagem, que narra em primeira pessoa, atuando em meio aos conflitos que surgem e envolvem diretamente sua família (ocasionados pelo desaparecimento da menina Amy) e que são o estopim para que problemas há muito enterrados no passado venham à tona. De maneira muito convincente, o personagem nos leva junto a ele em suas suspeitas e descobertas.

O suspense nos acompanha até as páginas finais do livro, sendo mesmo impossível conter a curiosidade perante a trama. Os personagens convencem de forma surpreendente, e são humanos em tudo, inclusive – e principalmente – em suas falhas. Achei muito interessante a forma como o autor nos faz penetrar na mente de Eric, como observamos tudo através de seus olhos. Sabe aquele sentimento louco de perceber que, na realidade, não conhecemos ninguém de verdade? É isso o que o personagem enfrenta durante todo o livro. Cada pessoa, principalmente seus familiares, de uma hora para outra, parecem estranhos para ele – ou, creio eu, sempre foram, mas ele tratava de mascarar isso com uma visão cor-de-rosa na qual levava a vida perfeita com uma família perfeita. E é rapidamente que nos tornamos testemunhas oculares do desmoronamento de tudo o que o protagonista tinha como certo em sua vida. É triste, confesso, e não está longe da realidade, não. Alguns capítulos, inclusive, são intercalados por passagens nas quais o protagonista fala diretamente conosco, leitor, reforçando a sensação de que o que aconteceu com ele poderia acontecer com qualquer um de nós.

Gosto bastante de romances policiais, principalmente pela tensão quase que insuportável que é gerada entre os personagens e dentro de cada um deles. E nisto, Folhas Caídas foi excelente. Porém, eu esperava encontrar uma explicação minuciosa no final, destrinchando os fatos e revelando “a genialidade” do crime, o que não aconteceu (o livro é mais focado na fragilidade e incerteza das relações). Tirando este único ponto que deixou a desejar, de maneira geral, Folhas Caídas não só atendeu, como superou as expectativas que tive antes da leitura.

Título: Folhas Caídas
Título original: Red Leaves
Autor(a): Thomas H. Cook
Editora: Bertrand Brasil
Edição: 2011
Ano da obra: 2005

Vi na Livraria: Diário de Livros / Book Journal

Moleskine 1 de agosto de 2011 Aline T.K.M. 2 comentários


Ok, a escolha da vez não é bem um livro. São caderninhos simpáticos feitos para registrar os livros que lemos, uma espécie de "diário de leituras".

DIÁRIO DE LIVROS, de Rotraut Suzanne Berner, ed. Octavo.
O que vi na livraria mesmo foi este logo ao lado (e foi o que eu mais gostei), intitulado Diário de Livros. A capa simples e divertidinha me chamou a atenção logo de cara.

Este "Diário de Livros" será o seu livro mais pessoal. Nele você poderá anotar as datas de aniversários, os livros presenteados, os livros ideais para dar de presente, os livros pegos emprestados, os livros que foram emprestados, os livros que gostaria de ler, os livros lidos, suas livrarias preferidas e, no final, um ABC/glossário do livro.
BOOK JOURNAL, Moleskine.
Já a versão Moleskine é bem cool. A capa é composta de nomes de vários livros famosos em baixo relevo. A organização é feita por ordem alfabética, como um índice telefônico (um aspecto negativo, na minha opinião), e vem com marcador e cartela de adesivos. Só está disponível em inglês e é importado, mas é possível encomendá-lo em algumas livrarias de grande porte.

Inclui marcador de fita e marcador solto, bolsinha interna expansível, seções em ordem alfabética, cartela de adesivos e páginas adicionais em branco.


Os dois são lindos e dá vontade de comprar sem pensar duas vezes. Porém o preço é ligeiramente salgado...

Certamente não durariam tanto nas mãos de leitores ávidos, que completariam as páginas deles super rápido. Ainda assim, acho uma ideia legal, ainda mais porque hoje em dia a gente costuma ter tudo online, então acaba sendo sempre mais especial ter algo “palpável”, um lugarzinho só nosso para escrever, folhear de vez em quando, relembrar algum detalhe mais singular de determinado livro.

Os diários de leitura também são perfeitos para presentear aquele amigo(a) especial aficionado por livros. São “mimos” delicados e bem peculiares. =)


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