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5 motivos para ler James Joyce

5 motivos para ler 24 de junho de 2012 Aline T.K.M. 2 comentários

O irlandês James Joyce (1882-1941) foi um verdadeiro mestre da prosa. Joyce foi considerado um dos autores mais relevantes do século XX, tendo se tornado referência no modernismo em língua inglesa. Ulisses (ou Ulysses) é sua obra mais conhecida.

1. Ulisses é considerado o melhor romance de língua inglesa do século XX.

2. Mesmo tendo vivido a maior parte de sua vida adulta fora da Irlanda, suas obras possuem um laço intrínseco com Dublin, sua cidade natal. O autor retrata com profundidade os irlandeses, demonstrando simpatia, mas também fazendo críticas.

3. Suas obras provocaram, também, reações negativas. A primeira edição de Dublinenses, sua primeira obra de ficção publicada, foi queimada logo após ser impressa em Dublin. Já Ulisses chegou a ser proibida nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha por ser considerada uma obra pornográfica.

4. James Joyce influenciou grandes nomes da literatura. Sua obra Ulisses, apesar de ter sido criticada por sua complexidade, serviu de inspiração para ninguém menos que Virginia Woolf e T. S. Eliot.

5. Anualmente, no dia 16 de junho, é comemorado o Bloomsday, em Dublin e em outras cidades ao redor do mundo. Trata-se de uma celebração da vida e obra de James Joyce, e foi escolhido o dia 16 de junho por ser a data em que se passa Ulisses (esta é também a data em que Joyce saiu pela primeira vez com sua futura esposa, Nora Barnacle). No Bloomsday acontecem vários eventos culturais, como leituras e dramatizações de Ulisses, além de maratonas de pubs. Inclusive, todo ano, muitos dublinenses saem vestidos como os personagens do livro.

PRINCIPAIS OBRAS:
Dublinenses (1914)
Retrato do Artista Quando Jovem (1916)
Ulisses (1922)
Finnegans Wake (1939)

Extras [Scott Westerfeld]

Ficção científica 10 de junho de 2012 Aline T.K.M. 6 comentários

No quarto livro da série, A Era da Perfeição ficou no passado. A libertação promovida graças aos esforços de Tally Youngblood deu fim a uma cultura onde a beleza e as modificações cerebrais eram a base do sistema. Nesse novo mundo onde Aya Fuse tenta sobreviver, existe uma coisa muito mais importante e poderosa do que a beleza: a fama.
Ocupando o 451.611º lugar em um ranking que mede a popularidade das pessoas, Aya é só uma Extra nesse complexo sistema social. Mas a descoberta de um grupo de misteriosas meninas que se arriscam a surfar em trens magnéticos pode ser a oportunidade perfeita para alcançar o seu lugar no topo. Uma matéria tão boa que irá despertar o interesse de todo mundo, incluindo alguém há muito desaparecido.


Por não se tratar exatamente de uma continuação dos três volumes anteriores da Série Feios, o leitor pode levar algum tempo para se acostumar com o universo de Extras. Em uma cidade* regida pela “economia de reputação”, é a fama que dita as regras e a colocação no ranking de reputação determina e move a existência da população.

* No início, só percebemos que a tal cidade situa-se no Japão pelos nomes claramente japoneses dos personagens. O fato é confirmado só mais adiante, ao ser mencionado que o japonês é a língua falada pelos protagonistas.

Passadas as estranhezas iniciais e uma vez familiarizados com os novos personagens, é tarefa árdua não se deixar envolver pela narrativa irresistível de Westerfeld. Quem leu os livros anteriores sabe do que estou falando. O autor sempre convence, por mais inimagináveis que sejam os elementos de suas histórias. E o leitor, por sua vez, pode aguardar surpresas no desenrolar da trama, elas são uma constante nos livros da série!

O tema, aliás, foi uma grande sacada do autor. Pessoas com câmeras flutuantes a tiracolo, vidas expostas em canais para quem quiser assistir, a necessidade de registrar absolutamente tudo em imagens e divulgá-las em seguida. A vida, por si só, já não é suficiente, é preciso que seja “testemunhada”. Os acontecimentos só adquirem status de “verdade” a partir do momento em que são divulgados, quando há gente falando sobre. Isso tudo nada mais é do que um retrato – caricato e futurista – do mundo “real-virtual” em que vivemos hoje. Facilmente podemos traçar paralelos e fazer comparações com estes tempos de Facebook, em que é possível conhecer tudo da vida de uma pessoa através das redes sociais – mesmo sem nunca tê-la visto pessoalmente.

Questões derivadas ao tema são abordadas de maneira interessante no livro. Distorção de fatos, bullying virtual, obsoletismo das informações, falta de privacidade (e, ainda, a impossibilidade de realmente optar por uma vida privada), e valores (como lealdade e honestidade) na era virtual. Tecnologia é sinônimo de progresso, certo? Nem sempre. Extras nos mostra uma população que parece retomar padrões e hábitos de seus ancestrais em uma espécie de ciclo contínuo e circular, ainda que esteja inserida em um mundo bem mais avançado. Muitas vezes, o lidar com tais avanços é mais relevante do que a simples disponibilidade deles.

Quando uma pessoa conta a mesma história várias vezes, fica mais fácil continuar acreditando nela.

Apesar de bem retratados e adequados ao contexto, os personagens não possuem a força dos protagonistas dos três volumes anteriores da série. Ainda, alguns elementos da trama são bastante dispensáveis, como a historinha Aya-Frizz, por exemplo. Para os mais nostálgicos, Tally, Shay e companhia aparecem na trama, algo do tipo “participação especial”, mas adianto que não é nada que vá matar as saudades das aventuras encerradas com Especiais.

Recomendo a leitura pelo tema e pela narrativa incansável de Scott Westerfeld. Apesar de não ser imperativo ter lido os volumes anteriores da série, alguns conceitos abordados nos outros livros podem acabar parecendo superficiais em Extras. Logo, é sempre mais interessante ler toda a série - e garanto que não se arrependerão!

Título: Extras
Título original: Extras
Autor(a): Scott Westerfeld
Editora: Galera Record
Edição: 2012
Ano da obra: 2007
Páginas: 416

Vi na Livraria: Em Caso de Felicidade, de David Foenkinos

À la française 5 de junho de 2012 Aline T.K.M. 3 comentários


A curiosidade e o interesse pelas obras do autor e roteirista francês David Foenkinos me motivaram a mostrar Em Caso de Felicidade aqui.
Do autor, tenho o livro La Délicatesse – cuja edição brasileira chama-se A Delicadeza –, ainda não lido, que deu origem ao filme A Delicadeza do Amor, estrelado por Audrey Tautou. O filme, em cartaz desde o final de maio, tem roteiro por David Foenkinos e é dirigido pelo autor e seu irmão, Stéphane Foenkinos.

EM CASO DE FELICIDADE, de David Foenkinos, ed. Rocco
SINOPSE: O que fazer quando um casal não consegue suportar a lembrança dos dias felizes do início do relacionamento e contrapô-la com a entediante rotina de um casamento que já dura oito anos? Em Caso de Felicidade acompanha o irresistível fascínio de um casal por uma arrebatadora história de amor. Ao sair em busca de aventuras extraconjugais, Jean-Jacques e Claire se deparam com um turbilhão de emoções que acabará levando-os de volta na direção um do outro, mesmo que não se deem conta disso inicialmente. Como nos filmes de François Truffaut, o romance de David Foenkinos tece uma delicada trama de relações amorosas em tom de comédia sentimental.

Felizes, nos tornamos um pouco desajeitados aos olhos do mundo, além de termos a medida exata do que é ou pode vir a ser a infelicidade. No ápice de uma alegria maior que ele, Jean-Jacques reflete, através de um narrador perspicaz: "Um futuro terrível se projetava diante dele, em sombras imprecisas. Ninguém sabia o que fazer em caso de felicidade. Havia seguro de vida, seguro para veículos e para morte ocorrida dentro de algum veículo. Mas quem nos protegerá da felicidade? Ele acabava de perceber que essa felicidade, tão forte como se tornara, era a pior coisa que podia ter-lhe acontecido."


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