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Vi na Livraria: Triângulo das Águas, de Caio Fernando Abreu

Agir 30 de julho de 2012 Aline T.K.M. 2 comentários


Para o Vi na Livraria de hoje decidi escolher uma das obras de um autor que há tempos quero descobrir. Triângulo das Águas atraiu bastante minha atenção e me deixou curiosa, assim como alguns outros livros do autor (por exemplo, Morangos Mofados e Pequenas Epifanias, entre outros).

TRIÂNGULO DAS ÁGUAS, de Caio Fernando Abreu, ed. Agir
SINOPSE: A janela escancarada abre-se para a noite enorme lá fora, onde ruge uma cidade estufada de rumores e procuras. Nesse ambiente, cinza e chuvoso, movem-se as personagens-zumbis de Caio Fernando Abreu.

Reconhecido com o Prêmio Jabuti – a naior honraria literária brasileira –, Triângulo é também um título exemplar do ponto de vista do estilo do autor: nas linhas das novelas que o compõem – Dodecaedro, O marinheiro e Pela noite – encontram-se cristalizadas algumas constantes na obra de Caio. A alma perdida em busca de alguma coisa (às vezes afeto), a verborragia e as referências que, longe de afetadas, exalam sinceridade e aproximam os leitores, a vida sob o signo da madrugada, as boas-vindas aos mistérios da existência, concretizados, neste livro, pela presença da astrologia (inclusive no título), e o tom confessional-desesperado.

Ao leitor destas novelas (ou noturnos, como o autor as chamou) não restará dúvidas quanto às razões por que Caio Fernando Abreu é considerado um dos escritores mais criativos e inovadores surgidos no Brasil nas últimas três décadas do século 20.

PROMOÇÃO RELÂMPAGO: "Belle" e "Dizem por aí..."

Sorteios e concursos 27 de julho de 2012 Aline T.K.M. 33 comentários


Promoção relâmpago! Bem simples, chances iguais para todo mundo.
O prêmio? Dois kits incríveis da Novo Conceito:
Belle (de Lesley Pearse)
Dizem por aí... (de Jill Mansell)

Serão dois sorteados, o primeiro escolherá o kit que irá receber e ao segundo caberá o outro kit. A promoção durará duas semaninhas apenas!

As regrinhas para participar são simples: basta ser seguidor do blog, curti-lo no Facebook e deixar um comentário neste post para validar a participação. Vamos lá preencher o formulário?!

a Rafflecopter giveaway

IMPORTANTE:
- Serão aceitas participações até 10/08/2012.
- O resultado será publicado neste mesmo post.
- Os kits serão enviados pelo blog.
- Enviarei um e-mail aos sorteados, que deverá ser respondido em até 3 dias. Não havendo resposta dentro do prazo, será feito um novo sorteio.

Dia Nacional do Escritor = Livro + Filme

Literatura norte-americana 25 de julho de 2012 Aline T.K.M. 3 comentários

Dia Nacional do Escritor... que tal uma história que traz a figura do escritor como personagem?

Esta é especialmente para os fãs de suspense/terror! O livro é do Stephen King que, como todo mundo sabe, é um mestre do gênero. Como a edição é velhinha, quem quiser ler Angústia terá que vasculhar sebos ou procurá-lo para troca. Porém, sempre existe a opção de ler em inglês (o título original é Misery e pode ser encontrado para encomenda nas grandes livrarias).

Sobre o filme, digo que se trata de um dos melhores suspenses a que já assisti – e não é exagero. Louca Obsessão é de 1990 e traz James Caan e a brilhante Kathy Bates nos papéis principais.

Paul Sheldon é um escritor famoso que sofre um acidente de carro, sendo socorrido por uma enfermeira que se autodenomina sua fã número um. Ela o leva para sua casa e passa a cuidá-lo.

Mas, ao ler os originais do novo livro do escritor, percebe que sua personagem predileta será morta, fazendo com que sua personalidade doentia se revele. Sem poder se locomover, Sheldon se vê à mercê das loucuras da "fã", que o coloca em cárcere até que ele escreva um final feliz para a personagem Misery.


LIVRO: Angústia, de Stephen King, ed. Francisco Alves
FILME: Louca Obsessão (Misery, de Rob Reiner, EUA, 1990)

PROMOÇÃO: booktrailer "O Rosto que Precede o Sonho"

Sorteios e concursos 24 de julho de 2012 Aline T.K.M. 10 comentários


Quer concorrer a 20 exemplares do novo livro do Maurício Gomyde, O Rosto que Precede o Sonho? É fácil, basta assistir ao booktrailer do livro e seguir algumas regrinhas bem simples. E o mais legal é que dá para participar em todos os blogs parceiros, ou seja, há muitas chances de ganhar. Mas atenção: só é permitida uma participação por blog.

Para saber mais sobre o livro.

VAMOS AO BOOKTRAILER?


PARA PARTICIPAR:

1. Deixar um comentário “participando” neste post.
2. Preencher o FORMULÁRIO no blog do Maurício Gomyde indicando que assistiu ao booktrailer no blog Escrevendo Loucamente.

CHANCES EXTRA:

- Deixar um comentário no vídeo no YouTube. (2 chances extra)
- Seguir o Facebook do autor e CCC (curtir, comentar e compartilhar) o booktrailer. (3 chances extra)

IMPORTANTE:
- O sorteio será feito pelo próprio autor no dia 15/08/2012 e o resultado será publicado em seu blog.
- Os exemplares serão enviados pelo autor diretamente aos sorteados.

Resenha: Como me tornei estúpido, de Martin Page

Literatura francesa 17 de julho de 2012 Aline T.K.M. 9 comentários

Resenha do livro Como me tornei estúpido, de Martin Page

ATENÇÃO: esta resenha ficou maior que o esperado (me empolguei...), mas prometo que valerá a pena!

Minha melhor leitura de 2011 (e que ganhou um lugar de respeito na minha estante) foi A Libélula dos seus Oito Anos. Como não podia deixar de ser, fui com sede ao pote em Como me tornei estúpido, primeiro romance do francês Martin Page. E vou dizer... superou expectativas! Posso afirmar que o autor está, definitivamente, entre meus preferidos - junto com García Márquez e Saramago.

Antoine, 25 anos, é um rapaz como muitos outros. Não gosta de ser manipulado, não gosta de explorações colonialistas, não gosta que lhe obriguem a estudar assuntos desinteressantes, odeia a burocracia e todas as suas máscaras.
Traduzir do aramaico e conhecer a fundo o cinema de Sam Peckinpah e Frank Capra, no entanto, não o levaram muito longe. Por isso, um belo dia, Antoine anuncia a seus amigos um plano perfeito. Investir na idiotice como forma de sobrevivência. Ele está convencido de que só a estupidez lhe permitirá ser plenamente aceito pela sociedade em que vive.


Genialmente exagerado e deliciosamente sarcástico, pincelado com cenas inimagináveis que se mostram fantasiadas de cotidiano (o que lembra aspectos do realismo mágico). Como me tornei estúpido deve ser saboreado sem pressa – serão necessárias diversas pausas para rir com a comicidade nada inocente e com a astúcia de muitos trechos.

Ao utilizar-se do caricato e de certo exagero, o autor provoca e faz pensar. A ideia de que a estupidez se faz necessária para a integração à sociedade é brilhante e leva verdade a tiracolo. Criticar a sociedade deliberadamente consumista, a ambição sem freios e o egocentrismo planetário não é algo superinovador, mas Martin Page revela tais críticas de maneira inteligente e dotada de personalidade.

De maneira impressionante, os seres humanos se parecem com o seu carro. Uns têm uma vida sem opções que avança com toda a prudência, não vai muito depressa, freia e tem frequentemente necessidade de reparos; é uma vida de qualidade inferior, pouco sólida, que não protege os seus ocupantes em caso de acidente. Outras vidas têm todas as opções possíveis: o dinheiro, o amor, a beleza, a saúde, a amizade, o sucesso, o airbag, assentos de couro, direção hidráulica, motor possante e ar-condicionado.


Só o que foi dito acima já seria motivo suficiente para colocar o livro na lista dos “must-read de toute urgence” (curti o termo que acabei de inventar, vou inseri-lo no meu glossário mental, sabe, para a posteridade...). Mas ainda não acabou. Antoine, o protagonista, é fascinante. Suas ideias, suas atitudes, seus princípios e seu modo de vida (antes e durante o caminho da estupidez) fazem com que o leitor tenha vontade de conhecê-lo em carne e osso. Além disso, ele tem um melhor amigo que brilha no escuro! Agora diz, quem mais tem um melhor amigo que brilha no escuro?!

Ele estava cansado da acuidade de observação que lhe dava uma imagem cínica das relações humanas. Queria viver, não saber a realidade da vida; queria justamente viver. (...) Antoine não desejava ser um perfeito imbecil, mas diluir sua inteligência no amálgama da vida, deixar de tentar analisar tudo, de tentar descobrir tudo. (...) Não se tratava de renunciar gratuitamente à razão: a finalidade era participar da vida em sociedade.


Se você quer ler algo que te surpreenda, que te faça rir e dedicar um aplauso mental ao terminar a última página, este é o livro. Lá no começo, eu disse que ele deve ser lido sem pressa. Acontece que isso é quase um desafio: garanto que você vai devorá-lo rapidinho...


Capa do livro Como me tornei estúpido

Onde comprar: Amazon

Título: Como me tornei estúpido
Título original: Comment je suis devenu stupide
Autor(a): Martin Page
Tradução: Carlos Nougué
Editora: Rocco
Edição: 2005
Ano da obra: 2001
Páginas: 160

PROMOÇÃO: Branca de Neve e o Caçador

Sorteios e concursos 13 de julho de 2012 Aline T.K.M. 34 comentários

Quer ganhar 1 kit do livro Branca de Neve e o Caçador?!

Simples de participar, esta promoção será um pouquinho mais básica: menos chances extras, portanto mais igualdade entre os participantes.

E uma novidade: o banner da promoção pode ser divulgado também no mural do Facebook.

Acessando a página do livro no site da Novo Conceito, você pode ver a sinopse e o trailer do filme (que acaba fazendo as vezes de booktrailer também).

Já o kit, dá para ver na foto que ele está caprichadinho! O bloquinho no formato de maçã dá um toque charmoso na escrivaninha ou na mesa do trabalho.



Para participar, basta seguir as regrinhas abaixo e preencher o formulário Rafflecopter:

1. Ter um endereço de entrega no Brasil.
2. Seguir o blog pelo Google Friend Connect.
3. Deixar um comentário neste post, validando a participação.

a Rafflecopter giveaway
Para levar o banner para o seu blog:



IMPORTANTE:
- Serão aceitas participações até 14/08/2012.
- O resultado será publicado neste mesmo post.
- O kit será enviado pelo blog.
- Enviarei um e-mail ao sorteado, que deverá ser respondido em até 3 dias. Não havendo resposta dentro do prazo, será feito um novo sorteio.

Livrarias por aí: Shakespeare and Company, Paris

À la française 11 de julho de 2012 Aline T.K.M. 5 comentários


UM POUQUINHO DA HISTÓRIA
A primeira Shakespeare and Company foi aberta em 1919 pela norte-americana Sylvia Beach e logo se tornou um ponto de encontro e agitação cultural parisiense. Especializada em literatura de língua inglesa, era frequentada por grandes nomes do século XX – Hemingway, Scott Fitzgerald e James Joyce, só para citar alguns. Inclusive, foi Sylvia Beach quem publicou a obra Ulisses, de James Joyce. A loja fechou suas portas em 1941.

Uma outra livraria foi aberta, em 1951, pelo também americano George Whitman. Esta, situada na rue de la Bûcherie (pertinho da Notre-Dame de Paris), foi nomeada Le Mistral, mas com prévia autorização e em homenagem a Sylvia Beach, foi renomeada para Shakespeare and Company.

A livraria continuou o legado da Shakespeare and Company de Sylvia Beach, encorajando novos escritores (que podem ficar hospedados no estabelecimento), mantendo o status de livraria independente e guardando a aura alternativa – e lendária – que sempre envolveu seu nome. Atualmente, quem dirige a loja é a filha de George, Sylvia Whitman, cujo nome lhe foi dado em homenagem a Sylvia Beach. George Whitman faleceu em dezembro de 2011, aos 98 anos.

 



AOS MEUS OLHOS
Sacola de lona à venda na loja:
mimo imperdível!
Entrar na Shakespeare and Company é como adentrar outra dimensão, um lugarzinho singular que parece perdido no tempo. Pilhas de livros por todos os lados, passagens estreitas, uma máquina de escrever e uma espécie de mural abarrotado de recadinhos deixados por visitantes do mundo todo. Além, claro, da frase que estampa uma das paredes da loja: "Be not inhospitable to strangers lest they be angels in disguise” (algo como “Seja hospitaleiro com os estranhos, pois podem ser anjos disfarçados”). Ainda, a livraria conta com atividades regulares, como o chá aos domingos, sessões de leitura e encontros com escritores.

Vale a pena visitar o site da Shakespeare and Company para ler sua história de forma mais detalhada e ver fotos de lá. Infelizmente, não é permitido tirar fotos dentro da livraria e eu não quis arriscar; ainda assim, espero que curtam as fotos que fiz da fachada!

Na frente da loja, olhando para a Notre-Dame de Paris,
amo esta foto!

A Shakespeare and Company é considerada por muitos como a livraria mais charmosa do mundo. Olha, não sei se do mundo inteiro, mas sim, definitivamente, é a livraria mais charmosa em que já coloquei meus pés!



LITERATURA RELACIONADA
Shakespeare and Company - Uma livraria na Paris do entre-guerras
de Sylvia Beach, editora Casa da Palavra, 280 páginas
Divertida autobiografia de Sylvia Beach, livreira, editora e escritora que, em 1919, abriu a livraria Shakespeare and Company numa ruela da Rive Gauche, em Paris.

Um Livro Por Dia - Minha temporada parisiense na Shakespeare and Company
de Jeremy Mercer, editora Casa da Palavra, 320 páginas
As memórias de um jornalista mochileiro no melhor estilo bibliomania. Com pouco dinheiro no bolso, descobriu que poderia dormir e viver na Shakespeare and Company em troca de trabalho.

Um Amor Para Recordar [Nicholas Sparks]

Literatura norte-americana 4 de julho de 2012 Aline T.K.M. 18 comentários

Cada mês de abril, quando o vento sopra do mar e se mistura com o perfume de violetas, Landon Carter recorda seu último ano na High Beaufort. Isso era 1958, e Landon já tinha namorado uma ou duas meninas. Ele sempre jurou que já tinha se apaixonado antes. Certamente a última pessoa na cidade que pensava em se apaixonar era Jamie Sullivan, a filha do pastor da Igreja Batista da cidade. A menina quieta que carregava sempre uma Bíblia com seus materiais escolares. Jamie parecia contente em viver num mundo diferente dos outros adolescentes. Ela cuidava de seu pai viúvo, salvava os animais machucados, e auxiliava o orfanato local. Nenhum garoto jamais a havia convidado para sair. Landon nem sequer sonhara com isso. Em seguida, uma reviravolta do destino fez de Jamie sua parceira para o baile, e a vida de Landon Carter nunca mais foi a mesma.

Serei bem direta. Sei que o Nicholas Sparks está cheio de fãs e seus livros são bastante adorados mundo afora, mas Um Amor Para Recordar não me causou surpresa e tampouco mexeu com meu lado emotivo.

Não se pode negar que o livro traz uma história bonita. A ideia de que o amor move muitas barreiras e transforma existências também é muito válida. Contudo, a trama cai na obviedade e não demonstra esforço algum para trabalhar melhor os clichês – tudo é entregue muito mastigado para o leitor, que engole e digere sem quase nem perceber.

Um Amor Para Recordar é um livro mela-cueca, sim. Mas não entendam tal característica como sendo necessariamente negativa. Nós, leitores, bem sabemos que existem momentos que pedem leituras do tipo; sendo assim, o livro pode se revelar uma boa pedida dependendo do período ou estado de espírito. Como dizem, cada caso é um caso, e aqui esta afirmativa é bastante adequada.

Ainda, os personagens não são exatamente cativantes, e possuem algo de bastante forçado, até. São “simplificados” em demasia, fazendo com que pareçam carecer da complexidade inerente ao ser humano. Jamie – e os “planos de Deus” – provavelmente irritará nos dias em que nem tudo estiver tão cor-de-rosa na vida do leitor.

Eis um livro cuja adaptação cinematográfica me agradou bem mais que o próprio livro. Um Amor Para Recordar não é uma leitura que eu normalmente recomendaria, salvo em ocasiões e para pessoas bem específicas.

Título: Um Amor Para Recordar
Título original: A Walk to Remember
Autor(a): Nicholas Sparks
Editora: Novo Conceito
Edição: 2011
Ano da obra: 1999
Páginas: 184

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