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Resenha: Os Desejos da Bela Adormecida – Vol. I, de Anne Rice (+18)

A. N. Roquelaure 31 de março de 2013 Aline T.K.M. 15 comentários

Os Desejos da Bela Adormecida - Trilogia erótica vol. 1, de Anne Rice

Primeiro volume da trilogia erótica (que acabou virando uma série de quatro livros), publicado originalmente no início da década de 80, Os Desejos da Bela Adormecida não é exatamente uma releitura do famoso conto de fadas. Anne Rice, sob o pseudônimo A. N. Roquelaure, começa pouco antes do clássico “felizes para sempre”, onde Bela é despertada com um beijo de seu príncipe. Ao invés do beijo, porém, a iniciação sexual. A recompensa por quebrar o encantamento dos cem anos de sono no reino é a escravidão da princesa.

Levada ao reino do príncipe, Bela é submetida a sessões masoquistas cuja mistura de dor e prazer causa confusão de sentimentos para a jovem princesa. Mas ela não está sozinha, outras tantas princesas e príncipes mimados são escravos como ela, grande parte deles enviados como tributo pelos respectivos reinos. Esses jovens esculturalmente belos são usados e torturados de maneira privada ou exibicionista, em pequenos espetáculos para o bel prazer e entretenimento do reino.

Vídeo: (pseudo) Caixinha do Correio

Alfaguara 27 de março de 2013 Aline T.K.M. 19 comentários


Fiz esse vídeo há umas duas semanas para falar sobre as aquisições mais recentes, relativas a fevereiro e março. Ou seja, para mostrar as minhas futuras leituras e reviews que ainda virão.

É o primeiro vídeo desse tipo aqui no blog, e resolvi gravá-lo porque tenho uma pequena pilha de livros interessantíssimos adquiridos recentemente. Fiquei superempolgada e não resisti à tentação de mostrá-los no blog!

Vamos ao vídeo?!



Algumas observações importantes:
  • Sei que eu disse que o vídeo seria rápido e juro que tentei, mas... É que os livros são tão legais, vocês vão ver se não estou certa!
  • Já recebi a caixa da Novo Conceito e o livro da Biruta, que ainda não haviam chegado quando gravei o vídeo.
  • Ainda não recebi os livros da Rocco...
  • Não comentei sobre os livros que comprei no sebo porque falei deles aqui.
  • A qualidade da webcam do meu notebook está longe de ser ótima. Paciência...
  • Quantos “enfim” será que eu falei durante esse vídeo??? Preciso curar JÁ este vício de linguagem!


De fora para fora #1: Do beijo francês, medo em Barcelona e paixões internacionais

De fora para fora 25 de março de 2013 Aline T.K.M. 12 comentários


Sabe tudo aquilo que você sempre achou romântico? Esqueça.

Romântico mesmo é se atrapalhar ao falar coisas que você nunca se imaginou falando em outro idioma. Ou então tentar explicar – ou entender – aquele prato “estranho” que você ou ele costumam comer nos almoços em família. Romântico é ter que apelar para a mímica na tentativa de traduzir certas expressões e se fazer compreender quase que plenamente. Quase. Porque aí os dois descobrem que uma linguagem chamada química, em muitas ocasiões, é bem mais eficaz que qualquer outro método de quase comunicação. E isso vale também para os casos em que os dois se comunicam perfeitamente no idioma em questão; mesmo assim, a química continua sendo a via mais interessante.

Viver uma historinha “sob outro céu”, em outro país ou continente, não deve ser assim tão diferente do trivial colega novo de curso, ou do amigo do amigo que a gente conhece na festa de aniversário da amiga. E nem o é. Lembra a Anna (a do Beijo Francês)? Ela foi passar uma temporada em uma escola em Paris e acabou se apaixonando pelo irresistível – opinião dela – St. Clair. O que afasta ligeiramente a ficção da vida real é que Anna esteve em uma escola americana; ou seja, perrengues culturais e linguísticos quase zerados mas, infelizmente, nossa colega não descobriu o quão sexy é ter de enfrentar tais “problemas”.

Na maioria das vezes, apaixonar-se durante um intercâmbio trata-se apenas de uma matemática básica: é só pegar as delícias e os dilemas de uma paixão em condições normais e multiplicá-las por dois, por três, por dez..., dependendo da intensidade dos fatores envolvidos.

Só que atenção, eles estão lá em permanência, os dilemas. Nem no coloridinho Anna e o Beijo Francês, o jovem casal está livre das dúvidas e dos obstáculos. Vivendo aquela amizade temperada com "o tal climinha", eles enfrentam as dificuldades já clássicas que impedem um romance do tipo. Claro que ter a Notre-Dame de Paris e o rio Sena como figurantes deixa qualquer situação com uma carga dramática infinitamente maior!

Fora da ficção, as coisas não são tão diferentes e, desolée, podem ser bem piores. Os figurantes variam – London Eye, Ópera de Sydney, rio Liffey, Miami Art Museum, Central Park –, mas os dilemas continuam a dar as caras. De repente, os seis ou os doze meses de intercâmbio, que antes eram um período imenso, já não são suficientes. De repente, a paixão de temporada começa a dar sinais de amor. E, de repente, tudo acontece tão rápido que o medo é inevitável.



Não dá para não pensar naquela vida que deixamos em stand by em algum outro lugar do planeta, onde consideramos ser a nossa casa, com os lugares e pessoas que nos esperam.

Há quem se aventure com laços frouxos e acumule efemeridades mundo afora. Também há os que encontram aquela pessoa que descobriram andar buscando por toda uma vida no lugar errado. Tem gente que acaba juntando os trapos e faz do destino de intercâmbio o lar oficial, com direito a dois bebês e um cachorro, além do ski em família nos fins de semana gelados. E tem gente que retorna na dúvida, deixando para trás um pedaço de si com alguém especial, e trazendo um pedaço desse alguém no coração.

Falei de paixão internacional também em Rambla de Mar, conto de minha autoria publicado na antologia Equinócios de Amor. Duas pessoas improváveis que se conhecem e se encantam sob o sol de Barcelona. Vivem dias “fora da vida real”, sem pensar no depois. Até que o medo se revela um personagem importante e determinador. É chato, mas sempre acontece...

Por mais planos feitos e refeitos, e precauções tomadas, todo intercâmbio é uma aventura por essência. É encontrar o que não se espera ao mesmo tempo em que se espera encontrar um bilhão de outras coisas. E, numa dessas, a gente esbarra em alguém e acontece aquilo que, seja coisa desejada ou não, acaba sempre sendo uma surpresa. O amor não funciona tal qual previsão meteorológica. Não se tem lá muito poder de escolha quando a fada das paixões loucas resolve aparecer para uma visita.

Conheceu aquela pessoa a quem você daria até a pontinha de chocolate do seu Cornetto? Isto aconteceu bem longe de casa? Atire-se nas delícias, meu bem! Se a aventura se prolongou, uma vez passado – ou não – o alvoroço inicial, prepare-se para questões internas do tipo “fico ou volto, volto ou fico?”, “qual dos dois vai abrir mão ‘de tudo’ para começar uma nova vida em outro lugar?”, “será que é mesmo a pessoa certa?”, “se eu tiver que voltar, será que vou perder aquela pessoa para sempre?”... Não querendo ser chata, mas muitos desses questionamentos nascem fadados a ficar sem resposta – ao menos de imediato.

Apaixonar-se em outra língua tem seus encantos; é aquela fruta que deleita quem a prova. E no fim, pouco importa se o beijo é francês, inglês ou alemão. O importante é viver e ser verdadeiro na intensidade. É aproveitar o momento e, chegada a hora de partir, transformar tudo em uma grande amizade. Ou ainda, é ter coragem para driblar os dilemas e saber reconhecer se aqueles lábios estão destinados a ser saboreados pelo resto da vida.


O que é "De fora para fora"? Saiba mais.


PROMOÇÃO: O Reino

Sorteios e concursos 24 de março de 2013 Aline T.K.M. 29 comentários

Mais uma promoção por aqui, desta vez para os que curtem histórias de aventura e mistério.
O livro sorteado será O Reino, do Clive Cussler e Grant Blackwood. Enquanto o review não sai, fiquem com o booktrailer: Já tem review, mas o booktrailer também é legal: =P



O kit que vou sortear vem com uma water bag bacaninha!



Para concorrer, primeiro é preciso ter um endereço no Brasil. Depois, basta seguir as regras abaixo. Após cumprir os itens obrigatórios no formulário, aparecerão várias opções de chances adicionais.

Seguir o blog via GFC (é só clicar ao lado em "Participar deste site").
Curtir a página do Livro Lab no Facebook (marquem a opção “visualizar no feed de notícias”!).
Comentar neste post, confirmando a participação.
Preencher o formulário Rafflecopter abaixo.

a Rafflecopter giveaway

Para divulgar o banner da promoção:





IMPORTANTE:
- Serão aceitas participações até 20/04/2013.
- Todos os itens obrigatórios deverão ser cumpridos para que a participação seja válida.
- O resultado será publicado neste mesmo post.
- Logo da publicação do resultado, enviarei um e-mail ao sorteado(a), que deverá ser respondido em até 3 dias. Não havendo resposta dentro do prazo, será feito um novo sorteio.
- O prêmio será enviado em até 30 dias.

Vem aí... De fora para fora!

De fora para fora 22 de março de 2013 Aline T.K.M. 5 comentários


Em janeiro, falei sobre livros que considero legais para levar na mala do intercâmbio, lembram? E eu comentei que esse assunto de morar fora, passar um tempo longe de tudo e de todos, é um tema que eu gostaria de voltar a abordar, até porque vivi na condição de intercambista por quase dois anos (entre 2010 e 2012).

Então... Há tempos venho pensando num bem-bolado – um pouquinho de literatura e um pouquinho sobre morar fora – para contar para vocês coisas que podem acontecer ou que, de fato, acontecem quando se está longe “de casa”.

Nem todos os temas sobre os quais vou falar estão diretamente relacionados a mim. Alguns assuntos são meus, já outros, serão baseados no que vi acontecer perto de mim com outros intercambistas – brasileiros ou não. Assuntos (podendo ser um tanto subjetivos) que tenham tido importância para mim em algum momento do intercâmbio.

A inspiração para escrever virá da literatura. Simples assim: tema, ou trecho, ou enredo, ou whatever, de algum livro que me faça lembrar – e querer escrever – sobre o que pensei, vi e vivi durante esses quase dois anos na Europa. Coisas que vieram comigo lá de fora e que, finalmente, vou colocar para fora sem dó!

Falei tudo isso só para anunciar o nascimento de uma nova coluna aqui no Livro Lab: DE FORA PARA FORA! Nos próximos dias estrearei oficialmente a coluna!


Em clima de policial brasileiro... Livro + Filme!

Companhia das Letras 18 de março de 2013 Aline T.K.M. 16 comentários

Depois do silêncio prolongado da coluna – se é que posso chamar assim – Livro + Filme, resolvi trazer duas ideias do gênero policial, mas oriundas de terras tupiniquins. Que tramas policiais me atraem (assim como a muita gente), não é nenhuma novidade, mas há coisa de meses coloquei na cabeça que gostaria muito de ler (e assistir) histórias policiais brasileiras.

Tony Bellotto (sim, dos Titãs) e Garcia-Roza estão sublinhados em minha wishlist nacional, quero lê-los para ontem! Quanto às adaptações cinematográficas das duas obras que mostro neste post, bom, ambas possuem elenco de peso, como vocês podem conferir nos trailers abaixo; ainda assim, as leituras se fazem bem mais urgentes para mim do que os filmes neste caso.

BELLINI E A ESFINGE
LIVRO: Bellini e a Esfinge, de Tony Bellotto, Cia. das Letras.

SINOPSE: Quando o Dr. Rafidjian , um renomado médico, vai até a agência de detetives de Dora Lobo, ele deseja saber o paradeiro da garota de programa Ana Cíntia Lopes. A incumbência logo vai parar nas mãos de Remo Bellini e de Beatriz, sua nova assistente. Só que o assassinato brutal do cliente muda o rumo das investigações, levando a dupla de investigadores a situações de risco e muita adrenalina. Buscando solucionar o crime, eles irão percorrer o submundo da noite de São Paulo, onde encontrarão Fátima , uma misteriosa prostituta que se envolve com Bellini.
Neste romance policial no melhor estilo noir, os mistérios vão se desvendando de forma surpreendente, até que a solução do enigma final deixa Bellini perplexo, com um gosto horrível na boca.

Sobre o autor: Tony Bellotto nasceu em São Paulo em 1960. Além de escritor, é compositor e guitarrista da banda Titãs.

FILME: Bellini e a Esfinge, dirigido por Roberto Santucci Filho, Brasil, 2001.



O filme venceu o Festival do Rio de 2001 na categoria de melhor filme. O fato é que ele é apreciado e defendido por muitos, mas bastante criticado e rotulado de “trash” por outros. Resta conferir e tirar as próprias conclusões.

ACHADOS E PERDIDOS
LIVRO: Achados e Perdidos, de Luiz Alfredo Garcia-Roza, Cia. das Letras.

SINOPSE: Depois do sucesso de O silêncio da chuva, Luiz Alfredo Garcia-Roza volta com o policial Espinosa. Em Achados e perdidos, o recém-promovido delegado continua o homem reservado do tempo da delegacia da praça Mauá, no centro do Rio.
Copacabana. Um menino de rua se apodera de uma carteira perdida; uma prostituta aparece morta em sua própria cama. O delegado Espinosa está atento para um elemento comum aos dois acontecimentos - a figura do ex-delegado Vieira. O próprio Vieira não sabe se cometeu o assassinato de Magali, pois no dia anterior estava embriagado e, com isso, não se lembra do que aconteceu. Vieira, ainda, se entrega aos encantos da insinuante Flor, uma prostituta que termina por capturar também Espinosa, ao lhe oferecer o corpo perfeito. Espinosa se envolve também com uma sedutora artista plástica; quem sabe não se apaixonará por ela?
Do Espinosa de antes, o leitor reconhecerá o constrangimento por falhar na proteção a um sem-nome, um desses meninos que infestam a noite e as ruas de Copacabana. Mas verá que, menos melancólico, ele se tornou também um homem de ação. Em Achados e perdidos o delegado Espinosa encontrou-se com a plena maturidade profissional, em um enigma que envolve meninos de rua, uma prostituta conquistadora de delegados, corrupção e matadores de aluguel.

Sobre o autor: Luiz Alfredo Garcia-Roza nasceu em 1936, no Rio de Janeiro. Deixou a vida acadêmica para dedicar-se à ficção policial e às investigações do delegado Espinosa, personagem central de quase todas as suas histórias. Seu romance de estréia, O silêncio da chuva, recebeu os prêmios Nestlé de Literatura (1996) e Jabuti (1997).

FILME: Achados e Perdidos, dirigido por José Joffily, Brasil, 2005.



Achados e Perdidos foi eleito o melhor filme da 10ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Miami, em 2006. Mas... Só para constar, andei lendo por aí que o filme tem importantes diferenças em relação ao livro.


E vocês, costumam ou querem ler literatura policial nacional?


Resenha: As Armas Secretas, de Julio Cortázar

BestSeller 15 de março de 2013 Aline T.K.M. 12 comentários

Resenha: As Armas Secretas, de Julio Cortázar

Segundo livro de contos do autor argentino, As Armas Secretas foi publicado originalmente em 1959 e traz duas das mais influentes narrativas de Cortázar: "O perseguidor" e "As babas do diabo". Esta última serviu de inspiração para o roteiro do filme Blow-up, de Antonioni. Ao todo, As Armas Secretas possui cinco contos que introduzem os conflitos e ambiguidades do homem moderno. A abordagem, aqui, passa pelo drama e pela ironia, mas sem deixar de lado o aspecto poético.

A ânsia de um primeiro contato com a obra de Cortázar foi o principal motivador da leitura de As Armas Secretas. Cada conto mostra, realmente, o porquê do escritor ser considerado um dos mais originais de seu tempo. A narrativa que foge do linear e a constante sensação de dúvida acompanhada de infinitas possibilidades fazem brilhar os olhos do leitor, cuja mente se enche rapidamente de inúmeros “será?” desde as primeiras linhas.

Visita à casa de Hemingway

Ernest Hemingway 12 de março de 2013 Aline T.K.M. 10 comentários

Casa e Museu Ernest Hemingway

Em visita a Key West, Flórida, conheci um “cantinho” quase mítico. Localizada no número 907 da Whitehead Street está a casa em que viveu Hemingway, hoje denominada The Ernest Hemingway Home & Museum.

A casa de Hemingway é, hoje, um Marco Histórico Nacional (National Historic Landmark – NHL) e encontra-se no Levantamento dos Edifícios Históricos Americanos (Historic American Building Survey – HABS).

PROMOÇÃO: Eu quero ser personagem do novo livro do Maurício Gomyde

Sorteios e concursos 10 de março de 2013 Aline T.K.M. 22 comentários


Se vocês curtiram os três primeiros livros do Maurício Gomyde (ainda estou devendo review do último, eu sei!) e mal podem esperar pelo próximo... saibam que um leitor terá a chance de ser personagem no novo livro do autor!
Mas não para por aí! Um Kindle e oito exemplares de O Rosto que Precede o Sonho, último livro do autor, serão sorteados lá no blog do Maurício!

Para participar, é só...

1. Comentar neste post: “Eu quero ser personagem do novo livro do Maurício Gomyde”.
2. Curtir a página do Maurício Gomyde no Facebook:


3. Preencher o formulário no blog do autor.
Não se esqueça de indicar que você participou da promoção no blog Livro Lab!

IMPORTANTE: será uma personagem feminina! Por isso, se o vencedor for homem, poderá indicar uma mulher (namorada, mãe, amiga,...) para ser a personagem.

Os sorteios acontecerão nos dias:
24 e 31 de março - livro O Rosto que Precede o Sonho + marcador autografado
07, 14, 21 e 28 de abril - livro O Rosto que Precede o Sonho + marcador autografado
05 e 12 de maio - livro O Rosto que Precede o Sonho + marcador autografado
19 de maio – Kindle
26 de maio – finalmente, a personagem do novo livro

O sorteio e o envio dos prêmios são de responsabilidade do autor Maurício Gomyde e serão divulgados em seu blog.


Chez le Libraibre : Le Bonheur Conjugal, de Tahar Ben Jelloun

À la française 8 de março de 2013 Aline T.K.M. 6 comentários


Tenho vontade de ler Le Bonheur Conjugal, do Tahar Ben Jelloun, basicamente por dois motivos bem simples. Um deles é que tenho interesse em conhecer a escrita do autor, ter algum contato com sua obra. Nunca li autores árabes, mas acho (com base em "achismo" e intuição puros) que essa leitura seria uma boa “iniciação”, começando pelo contemporâneo. O segundo motivo é o próprio enredo. Nunca tive chance de folhear o livro, de espiar algumas páginas a esmo, muito embora a sinopse tenha mexido – e mexido forte – com a minha curiosidade. Enfim, é um livro que eu leria sem pensar duas vezes.

O livro chegou às prateleiras francesas no ano passado, e ainda não tem edição brasileira. Aliás, só o encontrei à venda na Amazon (usado) e no Book Depository. E, claro, na Fnac francesa, mas o valor do frete para o Brasil não compensa.

LE BONHEUR CONJUGAL, de Tahar Ben Jelloun, Éditions Gallimard, 2012.
RÉSUMÉ : Casablanca, début des années 2000. Un peintre, au sommet de sa gloire, se retrouve du jour au lendemain cloué dans un fauteuil roulant, paralysé par une attaque cérébrale. Sa carrière est brisée et sa vie brillante, faite d'expositions, de voyages et de liberté, foudroyée.
Muré dans la maladie, il rumine sa défaite, persuadé que son mariage est responsable de son effondrement. Il considère sa femme comme la responsable de tous ses maux. Aussi décide-t-il, pour échapper à la dépression qui le guette, d'écrire en secret un livre qui racontera l'enfer de son couple. Un travail d'auto-analyse qui l'aidera à trouver le courage de se libérer de sa relation perverse et destructrice. Mais sa femme découvre le manuscrit caché dans un coffre de l'atelier et décide de livrer sa version des faits, répondant point par point aux accusations de son mari.
Qu'est-ce que le bonheur conjugal dans une société où le mariage est une institution ? Souvent rien d'autre qu'une façade, une illusion entretenue par lâcheté ou respect des convenances. C'est ce que raconte ce roman en confrontant deux versants d'une même histoire.


Tahar Ben Jelloun é um escritor franco-marroquino e um nome consagrado da literatura contemporânea. Nasceu no Marrocos, mas vive na França. Toda a sua obra é escrita em língua francesa (ainda que seu idioma de origem seja o árabe), já que ele frequentou um liceu francês e ser bilíngue sempre fez parte de sua vida e trabalho.
Outro livro que parece ser bem interessante do autor é o infantojuvenil O racismo explicado à minha filha, já traduzido em 33 línguas. Ele aborda o tema tão delicado que é o preconceito e auxilia a que as crianças o compreendam. E, como vocês viram pelo título em português, ele já foi publicado por aqui.


5 motivos para ler Fabrício Carpinejar

5 motivos para ler 5 de março de 2013 Aline T.K.M. 15 comentários

Fabrício Carpi Nejar (separado mesmo) nasceu em Caxias do Sul (RS), em 23 de outubro de 1972, mas é em Porto Alegre que ele passa sua infância e adolescência. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é conhecido por suas crônicas e poemas. Inclusive, é filho de pais poetas – Carlos Nejar e Maria Carpi.
Em 1998, o escritor junta os dois sobrenomes e passa a assinar Carpinejar.
É um dos escritores mais requisitados do país; seu currículo conta, ainda, com a realização de palestras e oficinas, além de prêmios literários variados.

5 motivos para ler o cara...

1. Quanto aos temas abordados em seus poemas e crônicas, Carpinejar afirma não ser ele quem os escolhe. “São os temas que me escolhem”, diz o escritor, que busca sempre escapar do senso comum e não se limita às aparências. Aliás, para quem não sabe, Carpinejar também escreve para o público infantojuvenil.

2. Aos 40 anos, o autor já ganhou duas edições do Prêmio Jabuti: a de 2009 com Canalha!, na categoria Contos e Crônicas; e a de 2012 com Votupira, o vento doido da esquina, na categoria Infantil. Entre outros prêmios, também foi agraciado com o Olavo Bilac de 2003, da Academia Brasileira de Letras, com Biografia de uma Árvore, considerado o melhor livro de poesia de 2002.

3. Em 2009, lançou o primeiro livro brasileiro com frases de Twitter. www.twitter.com/carpinejar traz 416 frases e aforismos – de até 140 caracteres, claro – que o poeta já postou em seu perfil. Aliás, o twitter dele é um daqueles imperdíveis, um must-follow.

4. Em suas crônicas, fala de amor e relacionamentos como ninguém, passeando de forma deliciosa pelos papéis e perfis masculinos e femininos.
Em O Amor Esquece de Começar, Carpinejar ingressa na prosa, explorando o universo da mulher enquanto fala de amor. Em Canalha!, além do homem contemporâneo, os comportamentos em transformação e a flexibilidade dos papéis familiares são temas que aparecem em seus textos. Ali, o escritor mostra um novo "canalha", um homem repaginado que conhece e até entende melhor o que a mulher quer. Já em Mulher Perdigueira, o universo das ciumentas e passionais ganha destaque. Ele não apedreja o perfil (tão detestado por muitos homens) e acredita que a indiferença é pior do que o ciúme. O perfil de um novo homem retorna em Borralheiro (já apresentei o livro em um Vi na Livraria), cujas crônicas retratam os seres do sexo masculino como os novos “donos do lar”, sensíveis e organizados, que valorizam o casamento.

5. Como se não bastasse, ele ainda escreve um blog onde, entre outras coisas, posta os textos de sua coluna semanal no jornal gaúcho Zero Hora. Visitem, vale a pena!

PRINCIPAIS OBRAS:
As Solas do Sol (1998)
Biografia de uma Árvore (2002)
Cinco Marias (2004)
O Amor Esquece de Começar (2006)
Diário de um Apaixonado (2008)
Canalha! (2008)
www.twitter.com/carpinejar (2009)
Mulher Perdigueira (2010)
Borralheiro (2011)
Ai meu Deus, Ai meu Jesus (2012)


Resenha: 1Q84 - Livro 1, de Haruki Murakami

Alfaguara 3 de março de 2013 Aline T.K.M. 21 comentários

Resenha: 1Q84 - Livro 1, de Haruki Murakami

Tóquio, 1984. Diante do risco de perder um importante compromisso, Aomame segue a sugestão do taxista e decide escapar do engarrafamento de maneira nada usual: através de uma escada de emergência disponível em plena via expressa. Após tal ato, o desenrolar dos acontecimentos fará com que a moça descubra que passou a um outro mundo. Um mundo similar ao de antes, mas bastante diferente – inclusive pelo fato de nele haver duas luas.

Tengo, um professor de matemática de uma escola preparatória e aspirante a escritor, se envolve no arriscado projeto de reescrever um romance de uma garota de 17 anos, Fukaeri, para que este concorra ao prêmio de autor revelação. O romance
"Crisálida de ar" narra uma história misteriosa que parece estar muito além de um simples texto. Duas histórias que se entrelaçam nesta trilogia de caráter distópico que fala de amor e abandono, e que desafia os limites do real. Considerado um dos autores mais originais da literatura atual, Murakami cria em 1Q84 um épico contemporâneo.


Solitários nos livros, parte II

Companhia das Letras 1 de março de 2013 Aline T.K.M. 5 comentários

Como prometido, aqui está a segunda (e última) parte do vídeo em que falo sobre alguns dos personagens solitários que mais me cativaram nos livros. No vídeo de hoje, falo de dois livros para os quais a palavra “sensacional” é mesmo insuficiente como adjetivo. São títulos imperdíveis, juro!

Para quem não viu a primeira parte do vídeo, reserve uns dez minutinhos e vem cá assistir!

Agora sim, a parte II do vídeo! Só para avisar, está mais curtinha que a primeira parte, mais agradável para assistir.



Review dos livros mencionados:
O bigode, de Emmanuel Carrère
O homem duplicado, de José Saramago


Claro que existem vários outros solitários na literatura que são tão cativantes quanto, com suas trajetórias únicas e até surreais. Detalhe sórdido: em minha mente, sempre vejo-os de óculos. Tenho uma fixação inacreditável por gente de óculos; o motivo, ainda estou para descobrir.

Espero, mais uma vez, que vocês tenham gostado. E dividam comigo os seus solitários preferidos da literatura – sejam eles míopes ou não!


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