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Livro Lab deseja... Feliz 2014!

30 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 8 comentários

Deixo aqui meus melhores votos a todos os leitores. E aproveito para agradecer pelo carinho, pelos posts lidos e comentados, pelas "curtidas", enfim... FELIZ 2014!



PROMOÇÃO: Livro Lab 2014

Sorteios e concursos 26 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 43 comentários

O ano passou muito rápido – isso me assusta verdadeiramente! E não podia passar a virada sem promoção no blog, né?

Montei um kit bacaninha para um único sortudo, contendo:


Ecobag Callis Editora
Trilogia erótica completa: Os Desejos da Bela Adormecida, de Anne Rice
Marcadores
Exemplar de Cuco, de Julia Crouch + marcador magnético
Poster de Enders (segundo volume da série Starters)
Poster de O Fogo (terceiro volume da série Bruxos e Bruxas)
Adesivos de Enders e O Fogo

Pode falar, dá BEM pro gasto, não? Um presentinho legal do Livro Lab para vocês.

PARA CONCORRER:
Basta curtir o Livro Lab no Facebook e preencher o formulário Rafflecopter abaixo.
E tem chances adicionais também!

FORMULÁRIO:
a Rafflecopter giveaway

IMPORTANTE:
- Para concorrer, é necessário ter um endereço no Brasil.
- Serão aceitas participações até 25/01/2014.
- O resultado será publicado neste mesmo post.
- Logo da publicação do resultado, enviarei um e-mail ao sorteado(a), que deverá ser respondido em até 3 dias. Não havendo resposta dentro do prazo, será feito um novo sorteio.

Balanço literário 2013: os melhores e o pior do ano!

Amanda Hocking 23 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 5 comentários

Ano de ótimas leituras, melhor do que eu esperava! Vem conferir os melhores e o pior (é, sempre tem um pior) do ano...

Dicas de leitura: realismo mágico

Carlos Fuentes 20 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 10 comentários


Imagem do fotógrafo ucraniano Oleg Oprisco

Em outubro, fiz um curso no SESC intitulado “Um mergulho na literatura fantástica”. Em quatro aulas, tivemos um panorama literário do realismo mágico ou realismo maravilhoso, surgido no início do século 20 e representado por nomes como: Gabriel García Márquez, Julio Cortázar, Jorge Luis Borges, Carlos Fuentes, Alejo Carpentier, José J. Veiga, entre outros.

Não é segredo nenhum que sou apaixonada por realismo fantástico/mágico/maravilhoso – García Márquez figura entre meus escritores preferidos da vida, como vocês já devem saber.

No decorrer das aulas, nos foram propostas leituras de alguns contos desse gênero. Gostei tanto do que li que resolvi compartilhar aqui essa lista de leituras. Aviso que não é extensa nem completíssima, já que foram somente quatro aulas. Mas são contos que recomendo fortemente aos que gostam ou têm interesse em conhecer o realismo fantástico, e que simpatizam com a literatura latino-americana.

A maioria dos contos está disponível – texto integral – para ler online (coloquei o link ao lado dos títulos). Um dos mais incríveis é "Axolotl", do Cortázar (já o havia lido na edição francesa do livro As Armas Secretas). Lá vai a listinha dos textos:

JORGE LUIS BORGES
As ruínas circulares | Leia online

O Sul

Os dois contos fazem parte do livro: Ficções, ed. Companhia das Letras.

JULIO CORTÁZAR
Axolotl | Leia online
O conto faz parte do livro: Final do Jogo, ed. Expressão e Cultura.

Casa tomada | Leia online
O conto faz parte do livro: Bestiário, ed. Civilização Brasileira.

CARLOS FUENTES
Aura
Publicado avulso no livro: Aura, LP&M Pocket.

MURILO RUBIÃO
Teleco, o coelhinho | Leia online
O conto faz parte do livro: Murilo Rubião – Obra Completa, ed. Companhia das Letras (Companhia de Bolso).

GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ
Um senhor muito velho com umas asas enormes | Leia online
O conto é, na verdade, um livro infantojuvenil: Um senhor muito velho com umas asas enormes, ed. Record.


É isso! Enjoy!

Persépolis [Marjane Satrapi]

Companhia das Letras 18 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 17 comentários

Baseado na história real da própria Marjane Satrapi, Persépolis supera de longe muito romance de formação por aí.

A autobiografia em HQ começa com uma Marjane de dez anos de idade nascida em Teerã e que sonha com tornar-se profeta. A Revolução Islâmica de 1979, com a queda do regime monárquico do xá Reza Pahlevi (que apoiava o Ocidente e reprimia ferozmente os opositores ao regime, além de ser contra alguns princípios tradicionais islâmicos) e o surgimento de uma república islâmica sob o poder do aiatolá Ruhollah Khomeini (que era contra os EUA e Israel), faz com que Marjane se veja obrigada a usar o véu e estudar em uma sala só de garotas.

Universidades são temporariamente fechadas; para continuar a ouvir suas bandas ocidentais preferidas, a garota tem de comprar suas fitas no mercado negro. Ter na parede um poster de uma banda de rock ocidental só foi possível porque seus pais o trouxeram escondido de uma viagem ao exterior – a mãe escondeu o poster costurado dentro do forro do sobretudo de seu pai.

Mais que simples pano de fundo, os eventos históricos determinam os rumos da vida da protagonista, seu crescimento e a formação de sua identidade. Ao abordar a Revolução Islâmica e, mais adiante, a guerra Irã-Israel, o livro revela o drama do período pelos olhos de uma jovem em ebulição, vivendo sua própria revolução pessoal. A ironia e um humor não óbvio – ainda assim evidente – também são ingredientes amplamente utilizados ao longo das mais de trezentas páginas.

Os desenhos de traços simples, sem cores, e o texto perspicaz mostram uma garota que conhece a guerra ainda criança (tendo perdido amigos e familiares), e que por causa dela é mandada por seus pais à Áustria, aos catorze anos, para continuar seus estudos longe do ambiente repressivo de seu país.

De adolescente punk à namorada de um cara que depois se revela homossexual, Marjane passa por diversas transformações, que incluem um surto de crescimento, quadris mais largos e uma pinta no rosto. Foi a “criança nova da classe”, foi simpatizante do anarquismo, foi inquilina de uma mulher chata com cara de cavalo...

Além das descobertas e dificuldades, também marca presença um recorrente sentimento de solidão. O início da adolescência na Áustria, o retorno ao Irã e, posteriormente, a ida à França; a juventude da protagonista é pontuada por certo ”choque” entre as culturas oriental e ocidental. Esse estranhamento experimentado pela garota caminha em paralelo ao estranhamento do próprio leitor ao se deparar com as restrições e a repressão iranianas, numa (inevitável) comparação com o estilo de vida ocidental. O mais interessante é ver Marjane crescer e desenvolver uma visão própria de mundo, que se pode considerar privilegiada graças à educação menos ortodoxa que recebeu de sua família, por sua vez politizada e mais liberal.

Persépolis traz muito de História, tradições e cultura. Com trama e personagens sagazes, apresenta uma narradora-protagonista naturalmente hilária, questionadora e direta. Marjane conversa com o leitor – a personagem desenhada muitas vezes olha nos olhos de quem a lê –, envolvendo-o nos acontecimentos e deixando que faça parte de sua história pessoal.

Se fosse definir Persépolis em uma única frase, seria esta: é uma das coisas mais originais que já li.

LI EM FRANCÊS


Leitura simples, mas recomendaria somente a partir de um nível mais autônomo para não perder a fluidez e o humor das falas.

Edição lida: Persepolis, de Marjane Satrapi, Éditions L’Association, collection Ciboulette, 2007.

LEIA PORQUE...
A resenha é autoexplicativa neste ponto, mas, caso necessário, disponho-me a ser redundante: o livro é muito bom, coisa que não é deste mundo. Só na França, vendeu mais de 400 mil exemplares.

Um pequeno parêntese: A jornada de Marjane, do final da infância à idade adulta, é dividida em quatro volumes que podem ser adquiridos separadamente ou em um único volume completo – o que, em minha opinião, é mais vantajoso. E aproveito para lembrar que tem adaptação para o cinema (assisti na época do lançamento, há uns anos), tão imperdível quanto a HQ.

DA EXPERIÊNCIA...
Conheço pouco e nunca fui muito ligada a quadrinhos; meu contato com o gênero é recente e se resume às opções em francês disponíveis na biblioteca da Aliança Francesa. No entanto, a experiência marcante de ler Persépolis me fez lembrar uma HQ que li, em português, há uns bons anos e que considero uma leitura categoricamente obrigatória: Maus, do Art Spiegelman, que aborda o Holocausto.

FEZ PENSAR EM...
Uma garrafa no mar de Gaza – por também mostrar o choque entre culturas em meio a conflitos no Oriente Médio.

Título: Persépolis (Completo)
Título original: Persepolis
Autor(a): Marjane Satrapi
Tradução: Paulo Werneck
Editora: Companhia das Letras
Edição: 2007
Ano da obra: 2000-2003 (4 volumes)
Páginas: 352


Vídeo-review: O Chamado do Cuco [Robert Galbraith]

J.K. Rowling 16 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 2 comentários

Um ótimo policial. A surpresa do ano para alguns; para todos, prova indiscutível da versatilidade e talento de Rowling - a pessoa por trás do pseudônimo. Confiram o vídeo-review de O Chamado do Cuco:


http://youtu.be/qv-p_OTxsOI
Tocou no vídeo: L’Enfer – Axel Bauer


SINOPSE: Diante do suicídio da supermodelo Lula Landry, que cai da sacada de seu apartamento em uma noite de inverno em Londres, seu irmão de criação John Bristow decide contratar os serviços do detetive Cormoran Strike, veterano de guerra e filho bastardo de um astro do rock, para investigar melhor o caso. Bristow suspeita que Lula tenha sido assassinada.

Instável devido ao transtorno bipolar, Lula era uma negra que havia sido adotada por uma (complicada) família de brancos. O namorado viciado em drogas, o sucesso com um estilista badalado, a busca por suas origens e as amizades não muito confiáveis eram parte do mundo da modelo.

Para investigar o caso, ainda que não acredite nas suspeitas de seu cliente, Strike conta com a ajuda de Robin, uma secretária temporária cuja presença se torna essencial para pôr um pouco de ordem na bagunça que é a vida e o escritório do detetive.

Título: O Chamado do Cuco
Título original: The Cuckoo’s Calling
Autor(a): Robert Galbraith (pseudônimo de J.K. Rowling)
Tradução: Ryta Vinagre
Editora: Rocco
Edição: 2013
Ano da obra: 2013
Páginas: 448


Para não errar no presente...

#coolstuff 13 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 17 comentários

Confesso que nunca fui o “espírito natalino” em pessoa; ainda assim, separei algumas dicas de presentes – literários ou não – para este fim de ano.
Vale para o Natal, amigo secreto, aniversário,... a lista é longa!



1. Laranja Mecânica – Edição especial 50 anos (Anthony Burgess, ed. Aleph) | Ver na Livraria Cultura | Review do livro
2. Box Coleção Stanley Kubrick – 8 DVDs | Ver na Livraria Cultura
3. Poster Lego Rockstar – Chico Rei | Ver na loja



4. Camiseta As Vantagens de Ser Invisível – Chico Rei | Ver na loja
5. Antologia da Literatura Fantástica – organizada por Adolfo Bioy Casares, Jorge Luis Borges e Silvina Ocampo (vários autores, ed. Cosac Naify) | Ver na Livraria Cultura
6. Camiseta Lolita – Chico Rei | Ver na loja



7. Caneca The Big Bang Theory – Caneca.etc | Ver na loja
8. Ecobag Tarantino – Nonsense | Ver na loja
9. Caneca Soco Inglês – As Canecas Mais Legais do Mundo | Ver na loja



10. Ecobag Laranja Mecânica – Nonsense | Ver na loja
11. Camiseta Director’s Game – Chico Rei | Ver na loja
12. Caneca Pilha – As Canecas Mais Legais do Mundo | Ver na loja



13. Bandeja para laptop Vinil Banda Larga – Imaginarium | Ver na loja
14. Babylook Requiem for a Dream – Conto do Vigário | Ver na loja


Em cartaz: dezembro com adaptações para ninguém perder

Abdellatif Kechiche 11 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 12 comentários

Por enquanto, só pude conferir Azul é a cor mais quente; aliás, a beleza do filme e a maneira como retrata o amor, simples e intenso, foram a motivação para este post.

Mas, óbvio, pretendo conferir as outras duas adaptações que listo abaixo. Curiosidade a mil, embora receosa por Carrie, a estranha: sou fã da adaptação de 1976, do Brian De Palma, e não sei bem o que esperar dessa nova.

AZUL É A COR MAIS QUENTE
La Vie d’Adèle – Chapitres 1 et 2, de Abdellatif Kechiche, França.

Baseado na HQ Azul é a cor mais quente, de Julie Maroh, ed. Martins Fontes (selo Martins).

SINOPSE DO FILME: Adèle é uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de Emma, sua primeira paixão por outra mulher. Sua vida muda para sempre desde então, conhecendo novos desejos e se conhecendo como mulher e adulta. Diante disso, Adèle cresce, procura-se, perde-se, encontra-se... Classificação etária: 18 anos.
Leia a resenha do filme no blog Cartaz da Cultura.



http://youtu.be/EM3pwirLR5k


TREM NOTURNO PARA LISBOA
Night Train to Lisbon, de Bille August, EUA/Suíça/Alemanha.

Baseado no best-seller Trem Noturno Para Lisboa, de Pascal Mercier, ed. Record.

SINOPSE DO FILME: Raimund Gregorius, afetuosamente chamado de ‘Mundus’ por seus alunos, é um professor de latim do ensino médio e um especialista em línguas antigas. Sua vida é transformada depois de um encontro misterioso com uma jovem portuguesa na antiga ponte de Kirchenfeld, na bela cidade suíça de Berna, que ele consegue impedir que salte para a morte nas águas geladas do rio. Raimund fica intrigado, mas a mulher desaparece, deixando seu casaco para trás. Dentro de um bolso, ele descobre um livro de um médico português chamado Amadeu de Prado, com uma passagem de trem no miolo. Ele decide usá-la espontaneamente, partindo para uma jornada de aventura em Lisboa.
Leia a resenha do filme no blog Cartaz da Cultura.



http://youtu.be/b_HIgOVGMG0


CARRIE, A ESTRANHA
Carrie, de Kimberly Peirce, EUA.

Baseado no livro Carrie, a estranha, de Stephen King.

SINOPSE DO FILME: Carrie retrata um grande desastre ocorrido na cidade americana de Chamberlain, Maine, destruída pela jovem Carietta White. Nos anos anteriores à tragédia, a adolescente foi oprimida pela sua mãe, Margaret, uma fanática religiosa. Além dos maus tratos em casa, Carrie também sofria com o abuso dos colegas de escola, que nunca compreenderam sua aparência, nem seu comportamento. Aos poucos, ela descobre que possui estranhos poderes telecinéticos, que se manifestam durante sua festa de formatura, quando os jovens mais populares da escola humilham Carrie diante de todos.



http://youtu.be/sA4_7Df_R54

A Síndrome E [Franck Thilliez]

À la française 9 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 7 comentários


E se a violência no âmago de um ser humano pudesse ser ativada estimulando seu cérebro sem que o próprio indivíduo se desse conta?
Best-seller em seu país de origem, o thriller francês traz assassinatos frivolamente executados enquanto caminha pelas vias labirínticas da psique humana.

O mistério começa quando Lucie Henebelle, tenente de polícia na cidade de Lille, recebe um pedido de socorro: seu ex-namorado ficou cego depois de assistir a um curta-metragem anônimo, comprado do filho de um colecionador falecido, e sugere que isso se deva à existência de conteúdo escondido na película. Em paralelo, o comissário Franck Sharko, então analista comportamental da Divisão de Repressão à Violência, é convocado para seguir as investigações decorrentes da descoberta de cinco cadáveres cujas mãos, dentes e olhos foram arrancados, além do crânio serrado e cérebro desaparecido.

Basta um telefonema esquisito e não demora muito para que Lucie e Sharko estabeleçam alguma conexão entre os dois eventos. Mensagens subliminares, estimulação cerebral, pitadas de neuromarketing e histeria coletiva são alguns dos ingredientes da trama, sem esquecer os crimes violentos e a relação com a sétima arte. Inspirador.

À medida que se conhecem melhor, Sharko e Lucie percorrem distâncias (Egito, Bélgica, Canadá, e mesmo o interior da própria França) atrás de pistas promissoras que envolvem hospitais e orfanatos, e investigam sobre um cineasta visionário em um projeto tão bizarro quanto cruel datado dos anos 50. Ainda, deparam-se com a chamada “síndrome E” e com vislumbres da origem da violência.

Ao lado do mistério e das investigações, acompanhamos o desenvolvimento dos protagonistas que, por sua vez, enfrentam crises e demônios pessoais. Traumatizado pela perda da mulher e filha, Sharko é atormentado pela “presença” de uma garotinha fissurada por marrons-glacês e molho coquetel; já Henebelle sente a carreira distanciá-la cada vez mais das filhas pequenas. Tempero intrigante para a história, não fosse o fato de que A Síndrome E faz parte de uma série cujos títulos anteriores não foram lançados no Brasil – a impressão é a de que, nas entrelinhas, espera-se que o leitor já conheça algo dos personagens. Talvez isso explique o porquê de termos de nos contentar com meros flashes do passado dos personagens em questão, em especial o de Sharko.

O desfecho deliciosamente angustiante nos leva a perguntar, ainda pensando nesse assunto de série, se o próximo volume, Gataca, traz uma continuação direta do conflito que parece iniciar-se nas linhas finais de A Síndrome E. Pessoalmente, gostaria de acreditar numa resposta positiva.

LEIA PORQUE...
A Síndrome E une elementos diversos numa mesma trama, traz conspirações e forte presença do científico – toda a parte relacionada à neurologia –, que é o grande ponto forte do livro.

DA EXPERIÊNCIA...
Não superou tremendamente minhas expectativas, mas atendeu-as perfeitamente bem. Um bom thriller que eu recomendaria, sim.

FEZ PENSAR EM...
Laranja Mecânica; as questões relacionadas ao cérebro, comportamentos gerados a partir de modificações cerebrais que, por sua vez, seriam conseguidas por meio de estímulos externos, vez ou outra me fizeram lembrar o condicionamento a que Alex é submetido na trama de Burgess. A utilização da imagem como meio de estímulo. E ainda, o personagem que fica cego por causa do curta misterioso atende por Ludovic; mera coincidência ou não, a terapia utilizada em Laranja Mecânica chama-se “Técnica Ludovico”.

Título: A Síndrome E
Título original: Le Syndrome E
Autor(a): Franck Thilliez
Tradução: André Telles
Editora: Intrínseca
Edição: 2013
Ano da obra: 2010
Páginas: 368


O Gato do Rabino – vol. 2: O Malka dos Leões [Joann Sfar]

À la française 6 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 4 comentários

Na continuação do primeiro volume, tudo começa com uma carta vinda de Paris, diante da qual o rabino se vê ameaçado pela possibilidade de ser substituído e não mais ser o rabino da região. Ele precisa provar seus conhecimentos em língua francesa em um exame ditado que o deixa uma pilha de nervos. O gato falante tratará de ajudá-lo como pode, mas acaba pronunciando o nome de Deus em vão e aí... ele perde o poder da fala!

A um só tempo, acompanhamos a chegada de um jovem rabino de visita a um familiar moribundo, e a vinda do Malka dos Leões – primo do velho rabino e a grande atração do livro –, que causa alvoroço principalmente entre as amigas da jovem Zlabya. Temido e respeitado devido a histórias com ares lendários de que seria capaz de proteger mocinhas indefesas de um leão feroz – ele de fato tem um leão de estimação, nada feroz –, o Malka é dono de inegável carisma e ganha nossa simpatia desde sua primeira aparição.

O caráter espirituoso e a tensão permanente marcam o volume dois da série em HQ O Gato do Rabino. Ao passo em que acompanha certo amadurecimento psicológico do gato, o leitor quebra a cara ao se deparar com a perda da fala do astuto personagem. Entre apreensões e mal-entendidos, a resolução de um dos problemas não vem de graça; radiante, Zlabya – a quem o gato secretamente continuava a dirigir a palavra antes de perdê-la, apesar da proibição do rabino – revela ao bichano uma notícia que o deixa de pelos eriçados...

Sem poder falar e diante da tragédia iminente de perder a amada dona para um novo rival, o desfecho traz um gato que é, todo ele, olhos arregalados. Embora não surpreenda tanto quanto o primeiro livro, O Malka dos Leões mantém em pé o interesse do leitor e traz um excelente gancho para o terceiro volume da série, intitulado O Êxodo.

LI EM FRANCÊS


Bem simples de ler, dispensa o uso do dicionário para os que têm certa autonomia no idioma. Recomendado para níveis a partir do intermediário. Aos fluentes: se joguem que essa série vale a pena!

Edição lida: Le Chat du Rabbin – 2. Le Malka des Lions, de Joann Sfar, Dargaud (collection Poisson Pilote), 2002.

LEIA PORQUE...
Tal como no primeiro volume, a trama continua inteligente, e as falas, sagazes; os personagens conquistam o leitor mais uma vez. Apesar de ter perdido o poder de falar com os humanos, o gato ainda pode se comunicar com os animais, o que tornam engraçadas as interações entre ele e o leão do Malka.

DA EXPERIÊNCIA...
Ligeiro, rápido e gostoso de ler. As ilustrações presenteiam os olhos e, estas sim, continuam surpreendendo.

FEZ PENSAR EM...
Como Félix, Garfield, Frajola e outros felinos das animações, o gato (do rabino) é dotado de personalidade marcante e tem tudo para estar no mesmo patamar de seus colegas famosinhos.


Título: O Gato do Rabino – vol. 2: O Malka dos Leões
Título original: Le Chat du Rabbin – 2. Le Malka des Lions
Autor(a): Joann Sfar, (colorido por) Brigitte Findakly
Tradução: André Telles
Editora: Zahar
Edição: 2006
Ano da obra: 2002
Páginas: 48


(Pseudo) Caixinha do Correio – novembro/2013

Companhia das Letras 4 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 10 comentários


Novembro foi mês de: troca, parcerias, presentes de aniversário, presentinhos extra, DVD.




Tocou no vídeo: I Want the World to Stop – Belle & Sebastian

Aproveito para agradecer o presentinho atencioso da Mareska, do blog Eu li, e agora?. Adorei loucamente!

Livro + Filme: Não me abandone jamais

Companhia das Letras 2 de dezembro de 2013 Aline T.K.M. 13 comentários

Um filme triste, e também muito bonito.
A temática esbarra na ficção científica, embora o foco da trama seja completamente o lado humano, o drama dos personagens causado pela condição à qual são submetidos desde o momento em que nasceram. Uma história de amor e do que significa ser humano.

O filme é imperdível; será que o livro também é?

LIVRO: Não me abandone jamais, de Kazuo Ishiguro, Companhia das Letras.
SINOPSE: Kathy H. tem 31 anos e está prestes a encerrar sua carreira de "cuidadora". Enquanto isso, ela relembra o tempo que passou em Hailsham, um internato inglês que dá grande ênfase às atividades artísticas e conta, entre várias outras amenidades, com bosques, um lago povoado de marrecos, uma horta e gramados impecavelmente aparados.

No entanto esse internato idílico esconde uma terrível verdade: todos os "alunos" de Hailsham são clones, produzidos com a única finalidade de servir de peças de reposição. Assim que atingirem a idade adulta, e depois de cumprido um período como cuidadores, todos terão o mesmo destino - doar seus órgãos até "concluir".

Embora à primeira vista pareça pertencer ao terreno da ficção científica, o livro de Ishiguro lança mão desses "doadores", em tudo e por tudo idênticos a nós, para falar da existência. Pela voz ingênua e contida de Kathy, somos conduzidos até o terreno pantanoso da solidão e da desilusão onde, vez por outra, nos sentimos prestes a atolar.

FILME: Não me abandone jamais (Never let me go, dirigido por Mark Romanek, EUA/Reino Unido, 2011.)

www.youtube.com/v/CWEJzvBPULE

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