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Nu, de botas [Antonio Prata]

Anos 80 31 de maio de 2014 Aline T.K.M. 12 comentários


Em Nu, de botas, Antonio Prata passeia pelas memórias de sua infância através de textos que se transformam, perante nossos olhos, em pequenas preciosidades.

Saboreados entre o fim dos anos 70 e durante a década de 80, os dias infantis são evocados a partir do olhar do garoto, de suas ideias e dilemas – simples e até desconexos para os adultos, mas bastante profundos para uma criança. Repletas de um humor que orbita na inocência, as crônicas não excluem certa malícia, presente na mente do leitor ainda que desconhecida para o pequeno protagonista.

Tarefa impossível é não se deixar deliciar por cada um dos textos! Verdadeiros convites para adentrar uma máquina do tempo, eles nos falam sobre situações cotidianas – e outras bastante inesperadas – de uma infância ocorrida na época em que o Bozo e a Vovó Mafalda eram o que havia de mais legal na TV. Tempo perdido que não volta. E a pontinha de nostalgia que teima em dar as caras para o leitor que foi criança entre os anos 80 e meados da década de 90.

A aparição do cometa Halley, a separação dos pais, a introdução às revistas de sacanagem. A tentativa de falar com o Bozo e, quem sabe, ganhar uma bicicleta BMX vermelha da Monark. O constrangimento social provocado por situações envolvendo as palavras “cueca” e “cocô”. Ser criança não é para qualquer um, e Prata consegue transmitir essa afirmação de maneira única em cada uma das crônicas que compõem Nu, de botas.

Lembranças do autor, doses de irreverência e ficção se unem num livro que dá vontade de recomendar para um mundo e meio (porque somente o mundo inteiro é pouco). Mas, mais do que a delícia da prosa ela mesma, a atmosfera do livro abraça de tal maneira que, vez ou outra, não é difícil confundir as histórias do menino Antonio com as próprias histórias de infância de quem o lê.

Em Nu, de botas cada uma das páginas tem o poder de evocar a máxima “Recordar é viver”. E é mesmo.

LEIA PORQUE...
Este aqui entra para a categoria dos super-recomendados. Verdade seja dita: a leitura terá um gostinho diferente, mais delicioso, para quem foi criança nos anos 80 e até 90 – algumas recordações vêm a mil com as referências feitas pelo autor. Mas, como eu disse, recomendo para todo mundo.

DA EXPERIÊNCIA...
O livro faz rir, não tem jeito. Aqueles que costumam ler no transporte público, na rua, enfim... Estão avisados!

FEZ PENSAR EM...
Fofão, Bolinha de Sabão, Lu Patinadora, Chicletes Mini, chocolate Surpresa, Trem da Alegria... A lista é longa!


Título/Título original: Nu, de botas
Autor(a): Antonio Prata
Editora: Companhia das Letras
Edição: 2013
Ano da obra: 2013
Páginas: 144
Onde comprar: Fnac | Submarino | Saraiva | Saraiva (e-book) | Livraria Cultura (e-book) | Amazon (edição Kindle)

Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!

 

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12 comentários

  1. Adorei a foto do início do post ^.^
    Eu gosto muito de textos que retratam situações cotidianas e esse em especial me deixou bem curiosa, principalmente se repararmos em como a capa é linda e a história é super bem comentada.

    memorias-de-leitura.blogspot.com

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    1. A capa é linda mesmo, foi a primeira coisa que fez com que eu desejasse imensamente esse livro hehe. E amei as crônicas, recomendo muito!

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  2. Oiee ^^
    Não conhecia esse livro, mas me pareceu ser bem interessante, e divertido. Gosto de livros assim ^^
    É raro eu ler um livro que retrata as experiências do autor, mas este eu leria com certeza.
    MilkMilks
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

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    1. Pois é, então, é o tipo de texto que não tem cara de ser aquele negócio biográfico, sabe. Claro, são crônicas e inspiradas na vida do autor, mas pelo que entendi ele deu uma floreada com ficção também. O resultado foi encantador.

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  3. Oi Aline!! Menina, que blog maravilhoso!! Você escreve maravilhosamente bem, e fiquei pirada em suas resenhas. Você escreve de forma clara e me deixou realmente com vontade ler.
    Acredita que eu tinha uma bota dessa?? Sério dessa cor! hahaha
    Beijos,
    aculpaedosleitores.blogspot.com.br

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    1. Oi Bia, poxa, obrigada!!! Hahaha eu não tive galochas, mas sempre quis ter quando criança. Acho que ainda hoje eu gostaria de comprar, a verdade é que seria muito útil, viu. Para quem anda a pé em São Paulo, com esse tempo que a gente nunca sabe, né...

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  4. Que legal, amei sua resenha. Gostei de tudo que você escreveu, esse livro já está na minha lista de desejos.
    Beijos!

    Blog Literamagia

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  5. Que bacana!
    Esse livro deve ser ótimo!
    Só de ler a resenha eu já achei muito engraçado!

    Beijos!

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    1. As situações que o autor descreve são mesmo hilárias, especialmente porque ele nos conta a partir do olhar da criança que ele era na época. Divertidíssimo.

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  6. Eu to LOUCO por esse livro desde o lançamento, e teu review me deixou com mais vontade, li o preview na Kobo preciso dele completo HAHAHAHA. Muito bom se sentir nostálgico com uma obra.

    Abs

    http://tediosoc.blogspot.com

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    Respostas
    1. Amanto, sério, lê esse livro agora!!!! Para você ter uma ideia, quando comecei a ler não conseguia mais parar. Cada texto traz aquela atmosfera do passado, sabe, aquela coisa que já passou e você sente saudade, é engraçado. Mesmo sendo em época anterior à que eu vivi (nasci em 86 e o autor fala de coisas lá de fins da década de 70, início de 80), muita coisa que ele conta ainda existia quando eu era criança e dá aquela nostalgia.
      Beijo.

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