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Em cartaz: A Gaiola Dourada

À la française 28 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 6 comentários


A França é um dos países com maior número de imigrantes portugueses, e é bem no seio de uma família franco-portuguesa que o diretor Ruben Alves – ele mesmo filho de imigrantes portugueses – mergulha o espectador em seu primeiro longa metragem, A Gaiola Dourada.

Maria (Rita Blanco) e José Ribeiro (Joaquim de Almeida) são um humilde casal de imigrantes portugueses em Paris. Ela, zeladora de um condomínio nobre; ele, pedreiro. Dedicados ao trabalho há mais de trinta anos, fazem mais pelos outros do que por eles próprios, tendo se tornado indispensáveis no cotidiano daqueles de seu convívio. No entanto, muitos se aproveitam da boa vontade do casal.

A notícia inesperada de uma herança que inclui uma luxuosa casa em Portugal chega em boa hora na vida dos Ribeiro, cujo sonho é regressar à terra natal. Mas, inesperadas também são as artimanhas de todos para impedir que a família deixe a França.

“A Gaiola Dourada”: identidade lusa em comédia dramática sobre imigrantes na França

A imagem estereotipada dos portugueses na França é amplamente utilizada a favor da trama; pedreiros e empregadas domésticas – ofícios bastante associados aos imigrantes de origem portuguesa – passam longe da caricatura rasa e garantem o humor a partir da própria identidade da comunidade lusitana. O forte sentimento identitário, aliás, é o que dá personalidade e um caráter mais profundo à película, conferindo também veracidade aos momentos mais emocionais.

Interessante notar que a trama aborda também os conflitos surgidos na geração posterior. Os filhos de José e Maria, franceses de nascimento, são genuinamente portugueses também. Contudo, representam uma unidade franco-portuguesa, tão diferente e ao mesmo tempo tão igual as suas raízes. Embora adaptada e integrada, essa família de imigrantes mantém seus valores e tradições protegidos em sua pequena gaiola reluzente.

Ponto alto do filme, o fado cantado pela portuguesa Catarina Wallenstein emociona e traz à tona o sentimento de origem, de pertencimento; o orgulho da identidade mesclado à nostalgia da distância da terra natal e à angústia de haver deixado parte de si atrás. Emoções que, aliadas à comicidade, são ricamente transmitidas pelos atores. Estes jogam muito bem com a “força-fragilidade” dos personagens, ambivalência comum às comunidades imigrantes.

Afinal, deixar ou não a França e regressar a Portugal não é questão meramente física em A Gaiola Dourada. É muito mais resgatar as raízes e nutri-las, para que continuem a crescer não importa em qual terra.

http://youtu.be/SuZ9_9wvyt8

NOTA: 8,5/10
ESTREIA: 28/02

A Gaiola Dourada (La Cage Dorée) – 90 min.
Portugal, França – 2013
Direção: Ruben Alves
Roteiro: Ruben Alves
Elenco: Rita Blanco, Joaquim de Almeida, Roland Giraud, Chantal Lauby, Barbara Cabrita

Resenha: A Espuma dos Dias, de Boris Vian

Boris Vian 26 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 7 comentários

Resenha do livro A Espuma dos Dias

Verdadeiras histórias de amor são genuinamente inocentes e repentinas. Trágicas, também. É o que prova A Espuma dos Dias, clássico moderno do francês Boris Vian, publicado pela primeira vez no fim da década de 40.

Envoltos em aura surrealista, os amigos Colin, Chick, Nicolas, Chloé, Alise e Isis vivem um cotidiano colorido e cheio de humor. A vida é leve e furta-cor, tal qual uma bolha de sabão. É divertida e tragicômica, como o ringue de patinação no gelo altamente sanguinário para os menos cuidadosos. E deliciosa, como o são as enguias pescadas no cano do banheiro, que Nicolas prepara de maneira especial segundo as receitas do magnífico chef Gouffé.

Vi na Livraria: Um, dois e já, de Inés Bortagaray

Cosac Naify 24 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 4 comentários


Lançado recentemente, Um, dois e já me chamou a atenção porque...
Ando nessa pegada de livros com temática relacionada a memórias, nostalgia, lembranças de infância.
Tenho afinidade natural com literatura latino-americana e nunca é demais conhecer novos títulos e autores.
Trata-se do primeiro livro lançado no Brasil da uruguaia Inés Bortagaray, que também escreve crônicas, contos e roteiros.
Bortagaray é autora de um dos contos do essencial Región – Antología de cuento político latinoamericano (sem edição no Brasil), que li em espanhol e em formato digital, e garanto que é uma antologia realmente marcante.

UM, DOIS E JÁ, Inés Bortagaray, Cosac Naify.
SINOPSE: Um, dois e já é uma delicada ode às memórias afetivas. Na novela, a história é narrada em primeira pessoa por uma menina que conta a viagem de verão da família até um balneário uruguaio, dentro de um carro apertado, no início dos anos 80. A voz da narradora, ora lírica, ora jovial, mas nunca infantilizada, descortina a paisagem plana e melancólica do Uruguai, e revela a dinâmica familiar, na qual ela ocupa a peculiar e determinante posição de irmã do meio.

Num relato repleto de humor e ironia, aparecem as disputas, as estratégias, alianças e brigas pelo lugar na janela e pela atenção paterna. Nos momentos de silêncio, ela cria histórias mentais, faz digressões, analisa os gestos do pai e da mãe, e pensa nas pequenas perdas da vida.

PROMOÇÃO: O Chamado do Cuco | #LivroLab4anos

Livro Lab 4 anos 23 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 28 comentários


Vocês pediram através da enquete – bastante simplória, reconheço – que postei na fan page do blog, e aqui está: sorteio de O Chamado do Cuco, de Robert Galbraith (ou melhor, J.K. Rowling). Para quem não viu, assistam ao vídeo-review aqui.

Confesso que as respostas de vocês me agradaram, uma vez que eu não curto Nicholas Sparks (a outra opção de livro a ser sorteado); para os livros dele aparecerem por aqui, só sendo em sorteio mesmo.

Bom, vamos ao que interessa...

PARA PARTICIPAR:
Residir no Brasil.
Preencher o formulário Rafflecopter com a primeira entrada (obrigatória). As demais entradas são opcionais e oferecem chances adicionais.

FORMULÁRIO:
a Rafflecopter giveaway

IMPORTANTE:
- Para concorrer, é necessário ter um endereço no Brasil.
- Serão aceitas participações até 22/03/2014.
- O resultado será publicado neste mesmo post.
- Logo da publicação do resultado, enviarei um e-mail ao sorteado(a), que deverá ser respondido em até 3 dias. Não havendo resposta dentro do prazo, será feito um novo sorteio.
- O prêmio será enviado dentro do prazo de 30 dias, contados a partir do recebimento dos dados da pessoa sorteada.


PROMOÇÃO: calendário + marcador “Anete, nariz de chiclete”

Blog Tour Anete 22 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 11 comentários

Para encerrar o blog tour “Anete, nariz de chiclete”, em parceria com a autora Ronize Aline, lanço aqui um sorteio fofo demais...

Um sortudo vai receber em casa um calendário 2014 e um marcador da Anete, para nunca mais esquecer essa ruivinha espevitada!



PARA PARTICIPAR:
Residir no Brasil.
Preencher o formulário Rafflecopter com a primeira entrada (obrigatória). As demais entradas são opcionais e oferecem chances adicionais.

FORMULÁRIO:
a Rafflecopter giveaway

IMPORTANTE:
- Para concorrer, é necessário ter um endereço no Brasil.
- Serão aceitas participações até 28/02/2014.
- O resultado será publicado neste mesmo post.
- Logo da publicação do resultado, enviarei um e-mail ao sorteado(a), que deverá ser respondido em até 3 dias. Não havendo resposta dentro do prazo, será feito um novo sorteio.
- O prêmio será enviado pela autora Ronize Aline.


Vídeo-review: Gataca [Franck Thilliez]

À la française 21 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 14 comentários

Um suspense com ares de policial que leva o leitor em uma viagem pelo universo da genética e da Evolução, revelando a ligação intrínseca da violência com o ser humano. Este é Gataca, do francês Franck Thilliez. Junto com A Síndrome E, forma um díptico que tem a violência como tema.

http://youtu.be/GmuZ4w14Hj4
Tocou no vídeo: Love will tear us apart – Joy Division

POST RELACIONADO:
Review: A Síndrome E



Título/Título original: Gataca
Autor(a): Franck Thilliez
Tradução: Mauro Pinheiro
Editora: Intrínseca
Edição: 2013
Ano da obra: 2011
Páginas: 432
Onde comprar: Americanas.com | Submarino | Livraria Cultura

4 protagonistas e algumas verdades que podemos aprender com eles

Blog Tour Anete 20 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. Nenhum comentário


Continuando o blog tour “Anete, nariz de chiclete”, agora é a vez do Livro Lab participar com um guest post.

“4 protagonistas e algumas verdades que podemos aprender com eles” é o título do post que escrevi para o blog da escritora Ronize Aline. Selecionei 4 protagonistas da literatura, cinema e televisão que nos revelam umas boas verdades. Vem conferir aqui!



TOP 10: Infantojuvenis brasileiros que não podem faltar na sua estante

Ana Maria Machado 19 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 9 comentários


Este post faz parte do blog tour de Anete, nariz de chiclete, e é de autoria de Ronize Aline.

Listas de top 10 são sempre injustas: para quem lê e para quem faz. Quem lê sempre acha que é uma injustiça seu livro favorito ter ficado de fora; quem faz vê-se forçado a escolher apenas dez entre tantos de sua preferência. No entanto, se estabelecermos algum tipo de critério, a seleção fica um pouco mais fácil e divertida.

Decidi, então, fazer um top 10 de livros infantojuvenis brasileiros que não podem faltar na sua estante, traçando um panorama temporal a partir do ano de publicação de sua primeira edição.

1. REINAÇÕES DE NARIZINHO, de Monteiro Lobato (1931)
Clássico da literatura infantil brasileira, este livro deu origem à série ambientada no Sítio do Picapau Amarelo.

Nele encontramos pela primeira vez Narizinho, Pedrinho, a boneca Emília, o Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Tia Nastácia e tantos outros que passaram a fazer parte do imaginário popular. São várias histórias curtas que ora tratam apenas dos moradores do Sítio, ora mesclam esses a outros personagens dos contos de fadas, como Cinderela e Aladim.
2. OU ISTO OU AQUILO, de Cecília Meireles (1964)
Escrito em forma de poesia, o livro de Cecília Meireles inaugura uma nova era de produção literária para crianças.

Até então o aspecto didático e doutrinário era predominante nas obras infantis, e este livro privilegia o olhar e os sentimentos da criança. Os poemas falam sobre as difíceis escolhas que temos de fazer na vida, o cotidiano marcado pela dúvida e a dificuldade de decisão.

3. MARCELO, MARMELO, MARTELO E OUTRAS HISTÓRIAS, de Ruth Rocha e ilustrações de Adalberto Cornavaca (1976)
Três histórias compõem este livro, todas tendo como protagonistas crianças que vivem nas cidades.

Na que dá título à obra, Marcelo é um garoto questionador que está descobrindo o mundo das palavras. Com muita perspicácia, acaba criando um vocabulário completamente novo já que o existente não atende às suas expectativas. Na segunda história, Teresinha e Gabriela, duas garotas tão diferentes entre si, descobrem que pode haver semelhanças onde menos se espera. E, para finalizar, na última história Carlos Alberto vive as agruras de ser o dono da bola.
4. O MENINO MALUQUINHO, de Ziraldo (1980)
Uma das obras mais marcantes do escritor e ilustrador, este livro traz um menino conhecido por provocar muita confusão.

As crianças o adoram, é o tipo sabido e amigão. Tira boas notas na escola, mas enlouquece os professores com suas traquinagens. Todos o consideram maluquinho devido ao seu mau comportamento, mas o que ele é mesmo é feliz.

A história virou ícone da infância sadia.
5. A BOLSA AMARELA, de Lygia Bojunga (1981)
Um dos livros mais famosos da autora, esta história traz como protagonista uma garota que vive as dificuldades da idade sendo a irmã mais nova de irmãos que têm, pelo menos, dez anos a mais do que ela. Por considerarem-na criança demais, não lhe dão atenção alguma.

Sentindo-se solitária, guarda três desejos secretos: ser um garoto, seguir carreira literária e crescer rapidamente. As coisas começam a mudar quando ganha uma bolsa amarela e passa a guardar nela tudo o que lhe aflige, além de suas vontades e expectativas.
6. BISA BIA, BISA BEL, de Ana Maria Machado e ilustrações de Regina Yolanda (1982)
Misturando realidade e imaginação, esta história traz uma conversa fictícia entre a menina Bel e sua bisavó Bia, e em seguida entre Bel e sua futura bisneta. Esse convívio imaginário com o passado e o futuro traz a Bel experiências que a ajudam a conviver consigo mesma.

Uma obra delicada e reveladora que ajuda a traçar um panorama das mudanças pelas quais a mulher passou ao longo das gerações.
7. A DROGA DA OBEDIÊNCIA, de Pedro Bandeira (1984)
Este é um livro voltado para o público adolescente que mostra uma turma enfrentando uma droga perigosa.

Mistério e suspense rondam a história em que os jovens enfrentam uma macabra trama internacional. O doutor Q.I. quer subjugar a humanidade aos seus desígnios, aplicando na juventude a droga da obediência.

Um livro que nunca perdeu sua atualidade.
8. UXA, ORA FADA, ORA BRUXA, de Sylvia Orthof, com ilustrações de Tato (1985)
Acostumadas a personagens maniqueístas, em que o bom é bom e o mau é mau, neste livro as crianças terão contato com uma personagem diferente. Assim como nós, ela tem momentos de doçura e gentileza, mas também de maldade.

Uma história que mostra a complexidade que forma um ser humano.
9. TELEFONE SEM FIO, de Ilan Brenman e ilustrações de Renato Moricone (2010)
Este é um livro só de imagens baseado na brincadeira de telefone sem fio.

Ilan Brenman imaginou as diferentes expressões que adultos e crianças fazem ao falarem uns nos ouvidos dos outros. São arlequins, reis, piratas, o lobo mau, a chapeuzinho vermelho e outros personagens infantis que ilustram a obra, convidando o leitor a participar da brincadeira.
10. TREM DE HISTÓRIAS, coletânea da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil – AEILIJ (2011)
Essa coletânea conta com 38 autores de texto e imagem que fazem parte da associação. Foram produzidas 20 histórias e 20 ilustrações com o tema de trens, bondes e outros veículos sobre trilhos.

É uma ótima oportunidade para ter contato com a produção contemporânea em literatura infantojuvenil e conhecer os novos autores que estão escrevendo e ilustrando para crianças.



PROMOÇÃO: As Lembranças | #LivroLab4anos

Livro Lab 4 anos 18 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 28 comentários

É com gosto que sortearei As Lembranças, de David Foenkinos. O livro é mesmo especial, com doses de emoção, ironia e humor na medida exata – nem mais nem menos –, característica que tenho encontrado com certa frequência nos autores franceses contemporâneos. Leia o review aqui.



PARA PARTICIPAR:
Residir no Brasil.
Preencher o formulário Rafflecopter com a primeira entrada (obrigatória). As demais entradas são opcionais e oferecem chances adicionais.

FORMULÁRIO:
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IMPORTANTE:
- Para concorrer, é necessário ter um endereço no Brasil.
- Serão aceitas participações até 18/03/2014.
- O resultado será publicado neste mesmo post.
- Logo da publicação do resultado, enviarei um e-mail ao sorteado(a), que deverá ser respondido em até 3 dias. Não havendo resposta dentro do prazo, será feito um novo sorteio.
- O prêmio será enviado dentro do prazo de 30 dias, contados a partir do recebimento dos dados da pessoa sorteada.


Livro + Filme: Pelos olhos de Maisie, releitura do clássico

Clássicos 17 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 6 comentários

Vocês costumam gostar das releituras dos clássicos literários nos cinemas? Ou acabam saindo da sala decepcionados e achando que em clássico não se deve encostar o dedo?

Neste tema, não tenho uma linha única e exclusiva de opinião. Se gosto ou não gosto, depende muito. Em geral, fico naturalmente curiosa ao saber da adaptação contemporânea de algum clássico. Independentemente da minha opinião e gosto pessoal, tais adaptações não raro nos mostram a atemporalidade de algumas obras, como continuam atuais embora escritas há mais de um século.

O filme Pelos olhos de Maisie foi adaptado do romance homônimo de Henry James, publicado em 1897. Esperava-se que fosse lançado em terras brasileiras no ano passado, mas acabou estreando só agora em janeiro, muito “silenciosamente” e apenas em algumas salas.

Ainda que pertença ao fim do século XIX, o tema da obra não poderia ser mais atual...

LIVRO: Pelos olhos de Maisie, de Henry James, Penguin-Companhia.
SINOPSE: Escrito em 1897, Pelos Olhos de Maisie é uma das mais relevantes obras do escritor americano (naturalizado britânico) Henry James. O livro conta a história da menina Maisie a partir da separação de seus pais, quando ela tinha apenas seis anos. A garota é criada em um mundo de intrigas e traições; as ações e os motivos dos adultos corruptos que acompanham Maisie são revelados pelo autor ao longo da obra.

A triste condição de uma criança que é atirada pelos pais divorciados (e, mais tarde, por seus novos parceiros) de um lado para o outro, "ricocheteando de raquete em raquete como uma bola de tênis", joguete de suas relações afetivas tumultuadas e inconstantes.

No centro do rodamoinho, e igualmente no centro de gravidade do livro, está a consciência de Maisie. A perspectiva da narrativa é sempre a da protagonista, expectadora fiel das ações e dos segredos dos demais personagens. É por meio de Maisie que o autor oferece, a par de sua implacável ironia na observação dos costumes sociais da Inglaterra do século XIX, uma das mais belas apreensões da mente infantil em seu processo de abertura e reconhecimento do mundo.

FILME: Pelos olhos de Maisie (What Maisie Knew, direção de Scott McGehee e David Siegel, EUA, 2012).
Em Nova York, Maisie é uma menina de sete anos que fica em meio à batalha judicial por sua custódia depois do divórcio de seus pais, a veterana estrela do rock Susanna e o curador Beale. No meio do conflito, a pequena Maisie vira moeda para os pais cutucarem um ao outro.

Pelos olhos de Maisie é uma adaptação contemporânea do romance de mesmo título, publicado em 1897, de Henry James. O filme estreou em 2012, no Festival Internacional de Cinema de Toronto.



Vídeo-review: A menina que não queria ser top model [Lia Zatz]

Biruta 14 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 6 comentários

Finalista do Prêmio Jabuti 2012 na categoria juvenil, A menina que não queria ser top model é daqueles livros que a gente recomenda para todas as idades. Com estrutura diferenciada – são três narradores – e ilustrações e projeto gráfico atraentes, a história faz pensar sobre a delicada relação entre pais e filhos.

http://youtu.be/UXGXOsvQ6PU
Tocou no vídeo: Dear Catastrophe Waitress – Belle & Sebastian


CONTEÚDO RELACIONADO:
Outros livros da editora Biruta


SINOPSE: A mãe já tem o futuro traçado para a filha. Mas será que a filha compartilha os mesmos sonhos? Em A menina que não queria ser top model, Lia Zatz nos coloca diante da relação delicada e complicada entre mãe e filha.

Nessa narrativa sensível e dinâmica, todos têm voz e querem contar sua história. Não existe o certo e o errado. Apenas duas pessoas aprendendo a se conhecer e, ao mesmo tempo, a se relacionar uma com a outra e com o mundo.
Título: A menina que não queria ser top model
Autor(a): Lia Zatz
Ilustração: Casa Rex
Editora: Biruta
Edição: 2011
Ano da obra: 2011
Páginas: 156

PROMOÇÃO: Novo Conceito | #LivroLab4anos

Livro Lab 4 anos 11 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 32 comentários

Mais uma promoção para festejar os 4 anos do blog. Espero que gostem e se animem a participar!

Serão dois títulos da Novo Conceito para um único sortudo:
O COMEÇO DO ADEUS (Anne Tyler)
UM ANO INESQUECÍVEL (Ronald Anthony)




PARA PARTICIPAR:
Residir no Brasil.
Preencher o formulário Rafflecopter com a primeira entrada (obrigatória). As demais entradas são opcionais e oferecem chances adicionais.

FORMULÁRIO:
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IMPORTANTE:
- Para concorrer, é necessário ter um endereço no Brasil.
- Serão aceitas participações até 12/03/2014.
- O resultado será publicado neste mesmo post.
- Logo da publicação do resultado, enviarei um e-mail ao sorteado(a), que deverá ser respondido em até 3 dias. Não havendo resposta dentro do prazo, será feito um novo sorteio.
- O prêmio será enviado dentro do prazo de 30 dias, contados a partir do recebimento dos dados da pessoa sorteada.

Os Lemmings e Outros [Fabián Casas]

Carlito Azevedo 10 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 5 comentários

Imagem por jglsongs

Narrado em primeira pessoa, Os Lemmings e Outros brinca com a memória ao apresentar algo semelhante a contos autobiográficos. Digo semelhante porque, ainda que o próprio narrador confesse – não sem deboche, diga-se de passagem – que “tudo o que se vai narrar aqui é absolutamente verídico”, a atmosfera de cada uma das narrativas permanece numa meia nebulosidade. Algum lugar entre a ficção e a vida real; e é aí que reside a alma do livro.

Conhecemos um protagonista que é o mesmo, ainda que seu nome se altere entre os contos, e vemos repetidamente seus amigos de infância. Isso enquanto imergimos na sórdida constatação da passagem do tempo no bairro argentino de Boedo, entre o fim dos anos 70 e o início dos 80.

Como que saídos de lendas, esses jovens amigos se faziam crer invencíveis – e não só quando se reuniam, ainda moleques, para jogar conversa fora e curtir um barato com Talasa, o xarope para os brônquios que um deles precisava tomar. Enfim, não a invencibilidade literal, mas aquela que vive no seio de todo grupo, que de certa forma une seus integrantes para além do tempo e da distância.

O passar do tempo se revela também através da evocação de algumas figuras importantes - e algo peculiares - ao longo da vida do narrador. Patricia Alejandra, a menina bonita do colégio; os namorados da mãe; Máximo Disfrute, o amigo mais "fodástico"; Asterix, o porteiro; os jogadores do CASLA...

Se a abertura traz uma citação de Schopenhauer, por outro lado, as referências à cultura pop são numerosas e se fazem notar. De Darth Vader a Xuxa, passando por Paulo Coelho, tampouco falta a pitada de jocosidade ao se falar de alta e baixa literatura. No conto Casa com dez pinheiros temos Pablo Conejo, “um mexicano que escreve livros de autoajuda que vendem como coca-cola”, cuja literatura é rotulada “de merda” pelo personagem de um culto escritor (chamado Grande Escritor) que, apesar de tal opinião, faz questão de ler o mais recente livro do cara.

O mundo é a história contada por um idiota, feita de som e fúria, escreveu Shakespeare. Mas não, melhor Chespirito. Não Shakespeare, Chespirito.

Ao fim das modestas 160 páginas – incluindo apêndices e posfácio –, nos colocamos na posição de testemunhas silenciosas. Do escoamento da vida, é certo, mas também do movimento cíclico que traz a infância de volta a um senhor de setenta e cinco anos de idade. Ou, ainda, da certeza de que ela, a infância, nunca o abandonara em absoluto.

Os Lemmings e Outros faz parte da coleção OTRA LÍNGUA, lançada em 2013 pela Editora Rocco e que traz autores que compartilham a mesma língua: o espanhol latino-americano. A coleção é organizada por Joca Reiners Terron.

LEIA PORQUE...
O ato de recordar e contar histórias aparece aqui de maneira diferenciada; os contos se costuram ao mesmo tempo em que possuem fronteiras delimitadas. Um livro de memórias que foge um pouco do habitual.

DA EXPERIÊNCIA...
Gostei da personalidade dos contos e da combinação de suas características. Destaque para as boas tiradas e para as referências à cultura pop. Recomendo sem hesitar.

FEZ PENSAR EM...
Led Zeppelin; mágicos; super-heróis. E algumas pequenas tranqueiras das quais se gosta quando se é criança (e mesmo depois).

Título: Os Lemmings e Outros
Título original: Los Lemmings y Otros
Autor(a): Fabián Casas
Tradução: Jorge Wolff
Posfácio: Carlito Azevedo
Editora: Rocco (coleção Otra Língua)
Edição: 2013
Ano da obra: 2005
Páginas: 160
Onde comprar: Submarino | Americanas.com | Livraria Cultura

PROMOÇÃO: Coleção Otra Língua | #LivroLab4anos

7 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 27 comentários

Primeira promoção de aniversário do LL não poderia decepcionar, verdade?
Pois bem, um único e sortudo leitor levará para casa 5 livros da coleção Otra Língua, da editora Rocco. (Só não tem a coleção completa porque o primeiro volume, Deixa Comigo, já foi sorteado anteriormente aqui no blog.)



Para quem não conhece, a coleção Otra Língua tem organização de Joca Reiners Terron e traz autores que têm em comum o espanhol latino-americano como idioma. Confiram AQUI os reviews já publicados da coleção.

PARA PARTICIPAR:
Residir no Brasil.
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FORMULÁRIO:
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IMPORTANTE:
- Para concorrer, é necessário ter um endereço no Brasil.
- Serão aceitas participações até 28/02/2014.
- O resultado será publicado neste mesmo post.
- Logo da publicação do resultado, enviarei um e-mail ao sorteado(a), que deverá ser respondido em até 3 dias. Não havendo resposta dentro do prazo, será feito um novo sorteio.
- O prêmio será enviado dentro do prazo de 30 dias, contados a partir do recebimento dos dados da pessoa sorteada.


(Pseudo) Caixa do Correio | janeiro 2014

Companhia das Letras 5 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 8 comentários


Primeiro correio do ano; reduzido em quantidade, mas a qualidade compensa – e muito.

Tem presentinho, livros de parceria com a Rocco (não são lançamentos, vale a pena conferir), DVD que não é para mim (com direito a sessão desabafo), filmes que vi no cinema,...


Tocou no vídeo: Sacrifice – Björk

POSTS RELACIONADOS:
Review: 1Q84 | Entenda o porquê da minha frustração...
Dicas de leitura: realismo mágico | Onde mencionei Carlos Fuentes.
O que já publiquei sobre David Foenkinos aqui no blog.
MyFrenchFilmFestival.com – 4ª edição | Conheça o festival inteiramente online.

E um grande “merci” ao Tiago! Ah, visitem o blog dele, o Cartaz da Cultura. Conteúdo de qualidade sobre a 7ª arte.

#LivroLab4anos

Livro Lab 4 anos 4 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 9 comentários


Fevereiro é mês de festa no Livro Lab. Em 2014, o blog completa 4 anos de existência!

Horas de dedicação; parte das noites e considerável pedaço dos fins de semana. E quer saber? Valeu e continua valendo a pena.

Para festejar, layout novo (curtiram?!) e um mês transbordante de promoções bacanas vos espera. Além, claro, da promoção de Carnaval, que continua até o final de fevereiro e tem atraído leitores por aí.

Então... Fiquem atentos aos posts e não percam as promoções!


O Presente [Cecelia Ahern]

Cecelia Ahern 3 de fevereiro de 2014 Aline T.K.M. 16 comentários

The Famine Memorial (Dublin, Irlanda), que pode ser vista do alto do escritório de Lou Suffern, segundo o livro.
Do escultor irlandês Rowan Gillespie, as estátuas representam a Grande Fome que acometeu a Irlanda entre 1845 1849 e matou mais de um milhão de pessoas, além de fazer imigrar outro milhão.

A prosa fluida e sem grandes complicações da irlandesa Cecelia Ahern ganha novamente o leitor com O Presente, cuja mensagem assume caráter universal. Ou seja, serve para todo mundo – consideradas as devidas proporções.

Lou Suffern é um cara ocupado, que corre contra o tempo por opção. Com uma vida bem confortável, é casado e tem duas crianças pequenas. Mas é o típico caso do sujeito que não sabe aproveitar a vida que tem: seus olhos, pensamento e ação estão voltados unicamente para o trabalho, numa louca ambição de chegar cada vez mais próximo ao topo – sabe-se lá do quê. Não tem tempo (e nem quer, na verdade) para a família e seu talento em decepcionar (à mulher, aos pais, aos irmãos...) é proporcional às conquistas profissionais.

Ao oferecer um café e um emprego a Gabe, um morador de rua que passa os dias sentado próximo ao trabalho de Lou, ele acredita presentear um necessitado ao mesmo tempo em que tira proveito da situação. Afinal, Gabe será útil para observar o que acontece no escritório fora das vistas de Lou. Mas Lou ignora ser ele próprio quem receberá um valioso presente e um importante aprendizado.

Nesse ínterim, sente-se extremamente incomodado com a presença do morador de rua: Gabe é competente, ágil (parece sempre estar em dois lugares ao mesmo tempo) e vive dando sinais de que sabe mais do que deveria.

Uma trama repleta de clichês, mas que tem o mérito de não se apoiar completamente neles. Eis aí o grande trunfo da autora. Comovente na medida certa, Ahern acerta a mão ao apresentar uma história que aquece o coração do leitor sem transbordar de sentimentalismo. É simples e não traz novidades, porém consegue fazer com que o leitor olhe para si mesmo e repense suas atitudes e prioridades, tal como faz o protagonista da trama.

Embora não surpreenda e esteja longe de ser inesquecível, O Presente é o tipo de livro que sempre há alguém a quem recomendar. Pessoas que, em maior ou menor grau, tenham algo de Lou Suffern – coisa assustadoramente comum nestes tempos pós-modernos.

LEIA PORQUE...
O livro traz uma mensagem válida e é tocante sem exagerar na dose.

DA EXPERIÊNCIA...
Leitura fácil e agradável. É o segundo livro que leio da autora (o primeiro foi P.S. Eu Te Amo), mas vejo que essa qualidade de trabalhar bem o drama sem cruzar a fronteira do melodrama (no sentido pejorativo da coisa) parece ser algo sempre presente em seus livros.

FEZ PENSAR EM...
Dublin. O cenário do romance – rio Liffey, Grafton Street, St. Stephen’s Green – me traz boas lembranças do ano em que morei nessa cidade quase sempre nublada. E é justamente o aspecto que eu mais gosto nos livros da Cecelia.

Título: O Presente
Título original: The Gift
Autor(a): Cecelia Ahern
Tradução: Ivar Panazollo Júnior
Editora: Novo Conceito
Edição: 2013
Ano da obra: 2010
Páginas: 320

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