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Encontro com Rama [Arthur C. Clarke]

Aleph 30 de julho de 2014 Aline T.K.M. 10 comentários


De Arthur C. Clarke (autor de 2001: Uma Odisseia no Espaço), Encontro com Rama, clássico da ficção científica concebido na década de 70, ainda hoje é capaz de deixar qualquer leitor boquiaberto.

Em 2130, cinquenta anos após a colisão de um meteorito que devastou a Europa, um objeto é detectado dentro do Sistema Solar. Com velocidade surpreendente, ele se aproxima cada vez mais do Sol. O comandante Norton é, então, enviado numa ousada missão a bordo da Endeavor, cujo objetivo é adentrar e explorar o misterioso objeto, que eles nomearam Rama.


Curta-metragem: “A rather lovely thing”

Curta-metragem 28 de julho de 2014 Aline T.K.M. 2 comentários


Desolado por ter perdido sua namorada, o personagem deste curta decide juntar-se a ela no paraíso. A bordo de um veículo inusitado, a viagem toma um rumo diferente do que ele esperava...

Com um visual que mescla o moderno e o retrô – além de uma combinação de cores que eu adoro – A rather lovely thing foi concebido pelo designer e ilustrador mexicano Cesar Martinez, conhecido como El Diablo.

A atmosfera melancólica fica completa com a trilha sonora, perfeita para a historinha. Enfim, este curta-metragem me conquistou, e acredito que também irá conquistá-los...


http://vimeo.com/95844798
Título: A rather lovely thing
Direção: Cesar Martinez (El Diablo)

Tag: Livros que eu quero reler

Tag 25 de julho de 2014 Aline T.K.M. 2 comentários


Criei essa tag porque frequentemente me pego pensando em alguns livros especiais que tenho vontade de reler.

Não sou uma pessoa que tem por hábito ler um livro mais de uma vez; no entanto, como imagino que também acontece com vocês, alguns livros especiais e que me marcaram foram lidos há tanto tempo que detalhes cruciais me fogem à memória. Há, ainda, aqueles livros que a gente leu quando era criança/adolescente, e que relê-los hoje traria novas nuanças, sutilezas que talvez tenham passado despercebidas na primeira leitura.

Enfim, é uma tag bem simples. Espero que vocês curtam o vídeo e lanço aqui o convite para responderem a tagnão se esqueçam de compartilhar comigo as respostas e de dizer que viram a tag aqui no Livro Lab!


http://youtu.be/pX0epVnRlIw

POST RELACIONADO:
Review: O Diário de Anne Frank


Em tempo: antes de gravar a tag, procurei na web se algum blog já tinha feito algo muito parecido, com perguntas desse tipo. Como não achei, me dei a liberdade de criar a tag. Se por acaso algum outro blog já tiver criado uma tag com os mesmos tópicos, por favor, me avisem para que eu dê o devido crédito.


O Monge Negro [Anton Tchekhov]

Anton Tchekhov 23 de julho de 2014 Aline T.K.M. 2 comentários


Até que ponto a loucura – parte intrínseca da genialidade, muitos dirão – é algo ruim? Seria ela de todo negativa?

Em O Monge Negro, de Tchekhov, o intelectual Kovrin sofre de “um esgotamento que lhe arruinou os nervos” e, aconselhado por um médico, vai passar uma temporada no campo, na casa de seu antigo tutor e segundo pai, Iegor Semionovitch, e sua filha, a franzina e pálida Tânia Pessotski, com quem acaba se casando.

Em um dado momento, Kovrin tem uma estranha visão, bastante real, de um monge negro capaz de transcender o espaço e o tempo. Essas visões passam a acontecer com cada vez mais frequência; inclusive, recebe a visita do monge para longas conversas nas noites insones. Não tarda para que a esposa e o sogro o alertem: essas visões indicam que ele só pode estar doente.

Cedendo à pressão dos seus, Kovrin se esforça para colocar corpo e espírito nos eixos, nos padrões tidos como normais; assim, não mais vê o monge negro, mas com isso perde o vigor e a genialidade de outrora. Genialidade esta que também era reconhecida por seu colega encapuzado – o monge não cessava de repetir-lhe como era brilhante. Sem as visões, Kovrin aproxima-se da mediocridade, do rebanho formado por todos aqueles saudáveis e normais, e vulgares.

Se a loucura é o que faz de Kovrin um gênio, dono de ideias e visões que o diferenciam do restante dos mortais, é essa mesma loucura o que o castiga, distanciando-o de seus seres queridos, atormentando-o.

Contudo, a “vida normal”, como mais uma ovelha do rebanho, ainda vale a pena? Não era mais feliz, afinal, com a presença do monge negro, com as conversas e trocas, com a reafirmação de sua genialidade e inteligência?

É de maneira surpreendentemente concisa e objetiva que nos é revelado o conflito evidente que assola o protagonista. Sem floreios desnecessários nem excesso de explicações, a narrativa é econômica nas descrições. Mas nem por isso a trama perde em complexidade. A figura do “gênio louco” – atormentado justamente pelo que o torna grandioso – está lá. E perturba o leitor, deixando-o inquieto, a também questionar os atos e a direção tomada pelo protagonista.

Não nos enganemos perante a ausência de qualquer "análise profunda completamente mastigada": a matéria está toda ali, implícita e clara ao mesmo tempo, para que a modelemos em reflexões à medida que evolui a trama. Quanto aos personagens, estes não pedem julgamento. Compreendê-los, porém, não é tarefa árdua, ainda que não concordemos com a totalidade de suas ações.

Leitura acessível, agradável e bastante fluida, O Monge Negro atrai pela simplicidade com que apresenta um tema não tão simples assim – a oposição entre o senso-comum e a genialidade; o fardo que pode representar o conhecimento elevado; o que é a loucura? – e pela maneira como se desenrola a trama até alcançar seu derradeiro desfecho. Aliás, se podemos dizer que os finais trágico-felizes realmente existem, então é certo que Tchekhov nos brinda com um belo exemplar deles aqui.

O Monge Negro faz parte da Coleção Novelas Imortais, organizada e apresentada por Fernando Sabino. Além das capas bonitinhas (tinha que falar!), é uma boa maneira de ser apresentado a diversos grandes autores através de narrativas mais curtas.

LEIA PORQUE...
A aparente simplicidade da trama guarda significados profundos. Cabe ao leitor descortiná-los, tendo por motivação um protagonista dos mais instigantes.

DA EXPERIÊNCIA...
De leitura rápida, considerei O Monge Negro uma maneira acertada de começar a conhecer a obra de Tchekhov. Abriu o apetite para mais...

FEZ PENSAR EM...
Nas várias referências a Tchekhov nos livros da trilogia 1Q84, do Haruki Murakami.


Título: O Monge Negro
Título original: Tchiornii monarkh
Autor(a): Anton Tchekhov
Tradução: Moacir Werneck de Castro
Organização e apresentação: Fernando Sabino
Editora: Rocco - Jovens Leitores (Coleção Novelas Imortais)
Edição: 2012 (1ª edição na coleção: 1987)
Ano da obra: 1894
Páginas: 88
Onde comprar: Submarino | Fnac | Saraiva | Saraiva (eBook) | Livraria Cultura (eBook) | Amazon (edição Kindle)

2 minutos!!!

Blogando 22 de julho de 2014 Aline T.K.M. 6 comentários


2 minutinhos do tempo de vocês: isso é o que eu, singelamente, peço para poder fazer um Livro Lab melhor!

Essa é a primeira vez em quatro anos e meio que lanço uma pesquisa de opinião por aqui e gostaria DEMAIS de ouvir a opinião de vocês sobre o blog. Até porque, se continuo postando firme e forte, isto se deve exclusivamente a vocês, leitores. E é para vocês que desejo sempre melhorar esse trabalho aqui.

Ah, a pesquisa é bem curtinha: são apenas 6 perguntas. E acreditem, vocês me ajudarão imensamente com suas respostas!

ACESSEM A PESQUISA DE OPINIÃO AQUI

Muito, muito, muito obrigada!


O Sal da Vida [Françoise Héritier]

À la française 21 de julho de 2014 Aline T.K.M. 8 comentários


"Num belo dia de verão, se assim posso dizer, pois fazia um mau tempo, recebi um cartão-postal da Escócia. Alguém de quem gosto demais, o professor Jean-Charles Piette, “Monsieur Piette”, como eu o chamo intimamente, mandava-me algumas palavras da ilha de Skye. O cartão começava assim: ‘Uma semana roubada de férias na Escócia.’"

Assim começa O Sal da Vida, best-seller da antropóloga francesa Françoise Héritier. Porque a palavra “roubada” lhe salta diante dos olhos, a autora tece uma carta-resposta explicando ao amigo que, ao contrário de “roubar” suas férias, é sua própria vida o que ele rouba todos os dias. Ao se entregar exaustivamente ao trabalho, Monsieur Piette tira de si mesmo o tempo de desfrutar das pequenas coisas prazerosas da vida – ainda que o trabalho lhe seja também uma fonte de prazer.

Segue-se então uma longa lista em forma de monólogo – com duração de vários dias, inclusive –, em que a autora enumera pequenas coisas que conferem graça e leveza à vida, celebrando o existir, pura e simplesmente. Atos, acontecimentos e sentimentos diminutos que são parte do cotidiano e que, tantas vezes, não aguçamos os sentidos para percebê-los ou simplesmente não nos damos tempo de aproveitá-los de forma plena. Coisinhas que dão o tempero, o sal da vida. Que fazem toda a diferença.

Ao nos colocarmos no lugar do destinatário dessa resposta, tão simples e direta, percebemos uma verdade incontestável: o equilíbrio é o grande segredo da felicidade. Ou, pelo menos, um deles. E é com tantas coisas em tão poucas páginas que a autora nos conta isso.

Apesar da mensagem universal, O Sal da Vida pode ter um sentido particular a cada leitor. Em todos e em cada um dos casos, o livro é uma lufada de frescor. É também, e principalmente, uma intimação a repensar a maneira – e o ritmo – como temos levado nossos dias.

LEIA PORQUE...
Com uma mensagem superpositiva, o livro fala de pequenos prazeres cotidianos e, como diz na capa, do que faz a vida valer a pena. E importante: sem ser um livro de autoajudanada contra, mas eu não curto.

DA EXPERIÊNCIA...
Para ler numa “sentada” só e terminar as 108 páginas enxergando a vida de outra maneira. Pode não operar milagres, mas dá um colorido especial ao dia.

FEZ PENSAR EM...
Sabe os pequenos prazeres da Amélie Poulain? Então, algo mais ou menos por aí...


Título: O Sal da Vida
Título original: Le Sel de la Vie
Autor(a): Françoise Héritier
Tradução: Maria Alice A. de Sampaio Dória
Editora: Valentina
Edição: 2013
Ano da obra: 2012
Páginas: 108
Onde comprar: Saraiva | Fnac | Submarino

5 motivos para ler Jennifer Egan

5 motivos para ler 18 de julho de 2014 Aline T.K.M. 14 comentários

Jennifer Egan

Jennifer Egan nasceu em Chicago em 1962, e foi criada em São Francisco. Formou-se em Literatura pela Universidade da Pensilvânia; depois de graduada, passou dois anos na St. John’s College, em Cambridge, Inglaterra, período durante o qual aproveitou para viajar pela Europa.

De volta aos EUA e instalada em Nova York, Jennifer se sustentava fazendo bicos enquanto se dedicava à escrita. Teve, então, seus contos publicados em revistas literárias de prestígio. Depois vieram os romances e, ao mesmo tempo, Egan contribuía como jornalista para a New York Times. Em 2002, ganhou o Carroll Kowal Journalism Award por uma matéria de capa sobre crianças carentes, e em 2009 foi premiada por um artigo acerca de crianças bipolares.

Se você ainda não leu Jennifer Egan, garanto que se animará após conhecer estes 5 motivos para mergulhar nos livros da autora – uma das mais interessantes da literatura norte-americana atual.

A Visita Cruel do Tempo, vencedor do
Pulitzer 2011 na categoria ficção
1. Suas tramas frequentemente apresentam críticas ao mundo das aparências, além de denunciar a superficialidade dos tempos atuais, o banal e os excessos. A ameaça representada pelos avanços tecnológicos – desde o distanciamento e a manipulação da arte à extinção da privacidade – também é questão recorrente em seus livros. Tudo isso enquanto articula os mais diversos personagens, muitos deles outsiders e problemáticos.

2. Em 2012, Jennifer Egan escreveu o conto "Caixa Preta"; estruturado em tuítes, foi veiculado no perfil da revista New Yorker, sendo posteriormente publicado na edição especial de ficção científica da revista. A editora Intrínseca também reproduziu a tradução do conto no Twitter, além de disponibilizá-lo em e-book.

3. Com características de “alta literatura”, seus livros não raro fazem referência a obras relevantes da literatura mundial. Mas Egan também inclui outras tantas referências à cultura pop, fazendo o que eu chamaria de um mix completo e interessantíssimo.

4. A Visita Cruel do Tempo rendeu à autora o Pulitzer na categoria ficção, em 2011. Além disso, teve seus contos publicados em revistas como The New Yorker, Harper’s e Granta, e colabora com frequência para veículos importantes, como a revista New York Times. Ainda, em 2011, Jennifer Egan foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.

5. O livro Uma História a Três (título original: The Invisible Circus), publicado no Brasil pela editora Record, foi adaptado para o cinema em 2001. O filme homônimo tem direção de Adam Brooks (“Três Vezes Amor”) e traz uma Cameron Diaz bastante jovem no elenco.

BÔNUS! Quando perguntada sobre qual música Jennifer gostaria que fosse tocada em seu funeral, a resposta não poderia ter sido mais interessante: The Passenger, do Iggy Pop.

PRINCIPAIS OBRAS:
Emerald City and Other Stories (1993) – não lançado no Brasil
Uma História a Três (1995)
Olhe Para Mim (2001)
O Torreão (2006)
A Visita Cruel do Tempo (2010)


Pequenas Epifanias [Caio Fernando Abreu]

Agir 16 de julho de 2014 Aline T.K.M. 2 comentários


Meu primeiro contato com o texto latejante de Caio Fernando Abreu, Pequenas Epifanias me foi recomendado por ninguém menos que o escritor francês Martin Page – quem, inclusive, prefaciou a edição francesa em 2009. Como o autor já era presença constante na minha lista de desejados, resolvi seguir a dica e, adianto, só tenho maravilhas a dizer a respeito do livro.

Nas pouco mais de sessenta crônicas, publicadas no jornal O Estado de S. Paulo entre 1986 e 1995, Caio Fernando Abreu fala sobre belezas cotidianas, aqueles pequenos milagres que não raro passam batido perante nossos olhos cansados. Fala sobre prazer, como uma viagem de trem ou cuidar do jardim; fala de cenas que protagoniza, e de outras em que é mero espectador, atrás de sua janela paulistana.

Os momentos de desespero contrastam com a leveza e a impressionante resiliência. Caio F. coloca a alma no papel; nada de preto no branco, mas os infinitos tons que um ser tão humano como ele pode ter. Está tudo lá, ou quase. Isso sem falar das febres, da tosse que parecia nunca querer deixá-lo...

O curioso – e também confortante – é que mesmo o inferno de Caio F. era povoado por anjos. Os de branco, o estetoscópio pendurado no pescoço; os que recolhiam o lixo e cuidavam da faxina; e os que vinham trazendo novidades ou simplesmente para fazer uma visita. E havia também os “anjos eletrônicos”, que espantavam o tédio através da tela da tevê.

Em meio a tantas histórias, encontram-se também algumas cartas “para além dos muros”. Foi numa delas, inclusive, que Caio comunicou ser soropositivo. Mas seria forte e aguentaria o que viesse (ou melhor, o que já estava acontecendo), inspirado e assombrado em suas noites difíceis por Frida Kahlo. Pois “seja qual for a dimensão da minha própria dor, não será jamais maior que a dela”, afirmou ele na crônica "Frida Kahlo, o martírio da beleza", em 1995.

Se em seu jardim Caio teve de lutar contra as formigas, lesmas e lagartas que ameaçavam as flores, dentro de seu corpo um inimigo bem maior o enfraquecia. Mas não o aniquilaria por completo; o corpo, aspecto descartável e passageiro, este sim foi embora, não havendo como ser diferente. Já seus textos seguem tão vivos quanto essas pequenas epifanias espalhadas vida afora.

LEIA PORQUE...
É bonito, verdadeiro e altamente inspirador – tudo no mesmo pacote. Não é todo dia que se tem diante de si um desses livros com o poder de maravilhar.

DA EXPERIÊNCIA...
Virei fã. Caio Fernando Abreu, seu lindo!

FEZ PENSAR EM...
Frida Kahlo, de Rauda Jamis – biografia que Caio F. devorou numa noite.


Título/Título original: Pequenas Epifanias
Autor(a): Caio Fernando Abreu
Editora: Agir
Edição: 2006 (2012 pelo selo Nova Fronteira)
Ano da obra: 1996 (crônicas escritas entre 1986 e 1995)
Páginas: 208
Onde comprar: Fnac | Saraiva

Leituras do mês - junho 2014

Agir 14 de julho de 2014 Aline T.K.M. 2 comentários


Leiturinhas excelentes em junho, incluindo o término da biografia da Frida e minha estreia nos textos de Caio Fernando Abreu – apaixonei...


http://youtu.be/Lr9QWTwzUnw
Tocou no vídeo: Coldhearted Lover - Doro


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Vídeo-review: Frida – A Biografia
Review: Olhe para mim


Quote da quinzena #11

A. N. Roquelaure 13 de julho de 2014 Aline T.K.M. Nenhum comentário


Será que era isso que eles queriam dizer quando afirmaram que a dor a amaciaria? Ainda assim, temia esse relaxamento, esse desespero... seria isso desespero? Ela não sabia. Não possuía dignidade naquele momento.

- Estaremos juntos novamente em breve...
- Sim...
- ... esteja certa disso. E, até lá, minha querida, meu amor, pertença a todos.

Os Desejos da Bela Adormecida – vol. I, de Anne Rice.


Vi na Livraria: Sergio Y. vai à América, de Alexandre Vidal Porto

Alexandre Vidal Porto 11 de julho de 2014 Aline T.K.M. 12 comentários


O QUE ME INTERESSOU NA ÚLTIMA IDA À LIVRARIA...

Vencedor do Prêmio Paraná de Literatura 2012 na categoria romance, Sergio Y. vai à América é lançamento recente da Companhia das Letras.

A enorme vontade de ler o livro, antes de tudo, se deve ao fato de o narrador ser um psiquiatra. Já disse que tenho uma queda fortíssima por tramas de caráter psicológico? Pois é, tenho.

Outra coisa que só fez aumentar minha vontade de ler o romance, além de conhecer o trabalho do diplomata e escritor Alexandre Vidal Porto, foi a entrevista que ele concedeu ao Jô em finais de abril, falando do novo livro - assistam à entrevista aqui.

Finalmente, só tenho uma coisa a dizer: ainda lerei esse livroskoobers que trocam pelo plus, me aguardem!

SERGIO Y. VAI À AMÉRICA, de Alexandre Vidal Porto, Companhia das Letras.
Onde comprar: Fnac | Submarino | Saraiva | Saraiva (e-book) | Livraria Cultura | Livraria Cultura (e-book) | Amazon (edição Kindle)
SINOPSE: Narrado por um experiente e sofisticado psiquiatra, Sergio Y. vai à América coloca diante do leitor duas questões fortes do nosso tempo: o poder do testemunho (e o que ele pode esconder em sua aparente carga de veracidade) e o deslocamento. No caso, sexual.

O jovem Sergio Y., bem-nascido e aparentemente sem grandes dramas na sua ainda curta existência - embora se considere infeliz -, é um “paciente interessante”, como diz o narrador. Frequenta o consultório regularmente, mas um dia desaparece para sempre, abandonando o tratamento. A esse mistério se acrescenta outro, acachapante, que tira a aparente serenidade do psiquiatra e o faz incursionar em uma busca que tem tanto de detetivesca quanto de psicanalítica.

Um romance que é, a um só tempo, uma investigação sobre os caminhos da sexualidade e uma reflexão sobre aquilo que falamos ou deixamos de falar. Um romance que aborda a memória, a construção da identidade e os papéis que desempenhamos ao longo de nossas vidas.


(Pseudo) Caixa do Correio – junho 2014

Maquiagem 9 de julho de 2014 Aline T.K.M. 6 comentários


Junho foi mês de troca, de livros de editoras parceiras (incluindo nova parceria!), de presentinho vindo da França, de conto de minha autoria... Vixi, teve tanta coisa esse mês! Isso sem falar de comprinhas de maquiagem e filmes vistos no cinema...


http://youtu.be/T32p77CDhDU
Tocou no vídeo: Silver line - Lykke Li


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5 motivos para ler David Foenkinos
Martin Page | tudo o que já postei sobre o autor
Livro + filme: O Homem Duplicado

E está rolando promoção do Maurício Gomyde aqui no blog, valendo Kindle + box com todos os livros do autor, incluindo A Máquina de Contar Histórias. Vem participar!


Curta-metragem: “The Polish Language”

Alice Lyons 7 de julho de 2014 Aline T.K.M. 2 comentários


Misto de filme e poema, o curta irlandês The Polish Language é uma homenagem à revitalização da poesia em língua polonesa no século XX. Envolvente, o visual do filme foi livremente inspirado nas publicações underground na Polônia dos anos 70 e 80.

Assisti a este curta pela primeira vez no cinema, na Irlanda (no IFI – Irish Film Institute, meu cinema favorito de Dublin). Fui pega de surpresa: passaram o curta logo após os trailers, antes de começar o filme que eu havia ido assistir – nem lembro mais qual. Nem preciso dizer que me apaixonei; assistam e vocês entenderão o porquê!


http://youtu.be/ztRt4VqiPdk
Título: The Polish Language
Direção: Alice Lyons, Orla McHardy

PROMOÇÃO: Kindle + Box Maurício Gomyde

Sorteios e concursos 5 de julho de 2014 Aline T.K.M. 94 comentários


Quem acompanha o blog sabe que sempre participo das megapromoções do Maurício Gomyde. E a promoção desta vez está excepcional, acreditem!

Com o lançamento de A Máquina de Contar Histórias, primeiro livro do autor pela editora Novo Conceito, Maurício reuniu blogs amigos para premiar um leitor com...

1 Kindle
Box com os quatro livros do Maurício Gomyde:
    O Mundo de Vidro
    Ainda não te disse nada
    O rosto que precede o sonho
    Dias melhores pra sempre
1 exemplar de A Máquina de Contar Histórias

Detalhe: todos os livros vão autografados!

E não deixe de conferir o booktrailer do lançamento A Máquina de Contar Histórias:


PARA PARTICIPAR:
Seguir Maurício Gomyde no Twitter OU no Instagram.
Deixar o seguinte comentário aqui neste post: “Eu quero conhecer A Máquina de Contar Histórias”.
Preencher o formulário abaixo.

O participante deverá seguir todas as regrinhas para ter sua participação válida.

FORMULÁRIO:
PARTICIPAÇÕES ENCERRADAS
Resultado do sorteio AQUI.

IMPORTANTE:
- Serão aceitas participações até 19/07/2014.
- O sorteio será realizado no dia 20/07/2014, através do Random.org.
- O envio do prêmio é de responsabilidade do autor Maurício Gomyde.


Vídeo-review: Frida – A Biografia [Hayden Herrera]

Arte 4 de julho de 2014 Aline T.K.M. 6 comentários

Não é segredo para ninguém que Frida Kahlo é minha maior ídola. Depois de um ano – literalmente – de consumo em doses homeopáticas, terminei esse tijolão sobre sua vida e obra. Confiram o que achei do livro...


http://youtu.be/jE1P_mybUzs
Tocou no vídeo: La Tina – Ximena Sariñana


POSTS RELACIONADOS:
Vídeo: Minha mania de Frida | minha coleção da Frida. #fanática
Review: Frida Kahlo [Rauda Jamis] | primeira biografia que li dela.


Título: Frida – A Biografia
Título original: Frida, a biography of Frida Kahlo
Autor(a): Hayden Herrera
Tradução: Renato Marques
Editora: Globo Livros
Edição: 2012 (reimpressão)
Ano da obra: 1983
Páginas: 624
Onde comprar: Livraria da Travessa | Livraria Cultura | Livraria Cultura (eBook) | Saraiva | Saraiva (eBook) | Amazon (edição Kindle)

Em cartaz: Khumba – um safari na África

Anthony Silverston 3 de julho de 2014 Aline T.K.M. 2 comentários


Khumba – um safari na África, animação sul-africana da Triggerfish Animation Studios (que também produziu a animação Zambezia), é uma boa pedida para as férias dos pequenos.

Em uma comunidade de zebras que vive protegida por uma cerca natural no meio da savana, nasce Khumba (voz de Rodrigo Faro), um filhote que só tem listras em metade do corpo. Por ser diferente, Khumba passa a ser vítima de brincadeiras de mau gosto, além de acharem que o fato de ter nascido sem listras fora uma espécie de mau agouro, ocasionando a seca na região do Karoo. O jovem decide, então, deixar o rebanho e ir atrás de uma maneira de ter listras e ser igual aos demais.

“Khumba – um safari na África”: equilíbrio entre aventura e humor, faltando apenas pitada de originalidade

Esta é, antes de tudo, uma história sobre aceitar-se a si mesmo. A questão do bullying e do respeito às diferenças também são pontos importantes abordados na trama, sem contar que são assuntos muito atuais e que fazem parte do cotidiano de pequenos e grandes.

Carismáticos, os personagens dão um colorido extra à história. Em sua jornada, Khumba faz dois novos amigos: Mama V (voz de Sabrina Sato), uma antílope-fêmea toda maternal; e o hilário Pernudo (voz de Marco Luque), um avestruz com alma de artista. Juntos, eles conhecem outros tantos seres divertidos e desengonçados, enquanto tentam escapar de Phango, um leopardo que aterroriza os animais da savana.

Lembrando a atmosfera de O Rei Leão e com um visual que remete a Madagascar, Khumba – um safari na África diverte e é irreverente, além de trazer um equilíbrio bacana entre aventura e humor. Os momentos emotivos, no entanto, poderiam ser mais evidentes – ao contrário, passam quase despercebidos ao longo do filme.

Vale para passar uma tarde gostosa com as crianças. Só não espere ser surpreendido: a história e os personagens não são lá muito diferentes do que estamos acostumados a ver por aí.


http://youtu.be/uvTjRbDRD0c

NOTA: 6,5/10
ESTREIA: 03 de julho

Khumba – um safari na África – 85 min.
África do Sul – 2013
Direção: Anthony Silverston
Roteiro: Anthony Silverston, Raffaella Delle Donne, Jonathan Roberts
Elenco (vozes em português): Rodrigo Faro, Sabrina Sato, Marco Luque
Elenco (vozes originais): Jake T. Austin, Liam Neeson, Loretta Devine, Richard E. Grant, Steve Buscemi, AnnaSophia Robb

Livro + filme: O Homem Duplicado

Companhia das Letras 2 de julho de 2014 Aline T.K.M. 2 comentários

Um livro incrível merece uma adaptação incrível. Pelo menos em minha inocente opinião. Então, seguindo meu misto de raciocínio e crença, a adaptação de O Homem Duplicado, que acabou de estrear nos cinemas, teria tudo para ser como o livro: arrebatadora. Teria.

O filme tem atmosfera mais sombria, e é povoado por uns lances meio surreais – alucinações do protagonista, perturbadoras e metafóricas. Diferente do clima do livro, tudo nele fica meio suspenso, superficial. Mas não chega a ser ruim; tampouco é daqueles filmes memoráveis. Recomendaria apenas para quem curte filmes mais metafóricos e não se importam com a falta de explicações.

Não gosto de comparar livro e filme – são, para mim, dois universos completamente diferentes, ainda que complementares. Mas gosto da experiência de ler e depois assistir, ou vice-versa.

Sobre O Homem Duplicado livro, só para constar, é do Saramago. Preciso dizer mais?!

LIVRO: O Homem Duplicado, de José Saramago, Companhia das Letras
O Homem Duplicado, de José Saramago
SINOPSE: O professor de história Tertuliano Máximo Afonso descobre, certo dia, que é um homem duplicado. Ao assistir a um filme banal recomendado por um colega professor de matemática, ele nota que um dos atores é seu sósia.

Para descobrir quem é aquele homem idêntico a si próprio, Tertuliano passa a pesquisar. Procura pelos filmes da mesma distribuidora; faz listas de personagens figurantes; até que chega a um nome: Daniel Santa-Clara.

Tertuliano decide ir atrás de seu duplo. A situação ganha amplitude e acaba envolvendo sua namorada e a esposa do outro, em uma trama que afetará a vida de todos os personagens. Mas o romance nada tem a ver com clonagem ou outras experiências de laboratório. O que está em jogo é a perda de identidade numa sociedade que cultiva a individualidade e, paradoxalmente, estabelece padrões estreitos de conduta e de aparência. Leia o review do livro.

FILME: O Homem Duplicado (Enemy, dirigido por Denis Villeneuve, Canadá, 2013)
http://youtu.be/l4bImzL7i1Q


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